Durante reunião realizada nesta manhã na Ocepar, representantes de produtores e consumidores de milho concordaram que precisam realizar um acordo para estabelecimento de um preço de garantia ao produto para evitar uma drástica redução da área de plantio. O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, alertou que esse acordo tem que ser fechado no menor prazo possível, pois a cada dia de atraso mais produtores decidem abandonar o plantio ou reduzir a área, pois este é o momento crítico do planejamento da próxima safra. O setor fechou a reunião pela manhã concluindo pela realização de um acordo com base em contrato de opção a ser definido pelo Governo Federal, com definição de um preço de garantia sinalizador ao mercado para os meses de fevereiro, março e abril. Nesta tarde, também na Ocepar, técnicos da instituição, da Secretaria da Agricultura, da Faep, do Sindicarnes, da APS, do Sindileite e da Avipar se reúnem para definir qual será o preço a ser praticado e para redigir a minuta do acordo. Essa posição será apresentada ao ministro Pratini de Morais, como condição para assinatura do acordo.
Preço ideal - Nas discussões ocorridas pela manhã ficaram evidentes duas posições: a necessidade de se fechar um acordo para evitar a importação de milho na próxima safra; a dificuldade em estabelecer esse preço. Houve um certo consenso de que o preço deve ficar entre R$ 10,00 e R$ 10,50, tendo como parâmetro o relação entre o preço da soja e milho. No entanto, os técnicos se reúnem nesta tarde para estudar mais profundamente essa questão e chegar a um acordo que beneficie os dois lados da cadeia produtiva. Se o preço oferecido ao produtor não for adequado, este poderá optar pelo plantio da soja.
Dificuldades - A definição de um preço que agrade aos dois setores é vital, segundo entende o presidente da Ocepar, enquanto os produtores dependem dos consumidores (indústrias de frangos, suínos e bovinos), estes dependem, para pagar, das condições dos mercados interno e externo. "Buscar o ponto de equilíbrio é o nosso desafio. Não podemos prejudicar quem planta, nem inviabilizar a suinocultura, a avicultura e a pecuária de corte e leite", frisou.