C. VALE: Meteorologia alerta para risco de estiagem no Sul
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A escassez de chuvas que iniciou em maio na região Sul do Brasil deve se prolongar pelo menos até o final do ano e pode representar riscos às culturas de verão da safra 2007/08. A avaliação é do meteorologista Luiz Renato Lazinski que, nos dias 11 e 12 de setembro, participou do ciclo de palestras que reuniu 180 associados da C. Vale em Katuetê (Paraguai), 130 em Terra Roxa, 400 em Palotina e 300 em Assis Chateaubriand, totalizando aproximadamente 1.000 pessoas. As palestras foram promovidas pela C. Vale, com apoio do Sistema Ocepar/Sescoop-PR.
La Nina - De acordo com Lazinski, os efeitos do fenômeno La Nina tendem a crescer até atingir sua máxima intensidade em dezembro e janeiro, o que significará poucas chuvas e manutenção dos baixos níveis de umidade do solo. Os modelos climatológicos indicam chuvas próximas à média nos próximos meses, mas para o meteorologista, a questão central não é essa. Ele explica que pancadas de chuva forte podem fazer com que os níveis de precipitação fiquem dentro dos padrões, mas o problema será a distribuição desses volumes pluviométricos. "A chuva, em anos de La Nina, se concentra em períodos", observa.
Mês indefinido - Lazinski antecipou que "a chance de estiagem na safra de verão é grande, mas é difícil dizer em que mês será". O fato de a safra de verão começar com baixos níveis de umidade do solo pode agravar as conseqüências de eventuais períodos secos já que as plantas terão dificuldades para suportar a escassez de água, adverte.
Duração - Os problemas climáticos deverão persistir por toda a safra de verão, segundo o responsável pelo escritório do Instituto Nacional de Meteorologia em Curitiba. Conforme Lazinski, o La Niña só deve perder força a partir de fevereiro ou março de 2008. Nesse período, mudanças bruscas de temperatura também poderão ocorrer como resultado da ação do fenômeno. Para ele, o escalonamento do plantio é a melhor estratégia para enfrentar essas dificuldades. (Com informações imprensa C. Vale)
