BRDE: Endividamento do setor da maçã a caminho da solução

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A Associação Brasileira de Produtores de Maçã reúne nesta sexta-feira (27/04), às 15h, na sua sede em Fraiburgo (SC) suas principais lideranças para avaliar as negociações conduzidas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com o governo federal sobre o endividamento do setor, que chega a R$ 350 milhões. Na ocasião, o diretor de Operações do BRDE, Neuto de Conto, vai informar que o Ministério da Fazenda já sinalizou a aprovação da renegociação das dívidas dos produtores da Região Sul, os únicos que haviam ficado de fora dos programas oficiais que adequaram o endividamento da fruticultura nacional e, em 2010, especialmente, do Vale do São Francisco, na Região Nordeste.
 
Fazenda - No último dia 20, Neuto de Conto e técnicos do BRDE estiveram reunidos em Brasília com representantes do Ministério da Fazenda. O encontro também contou com a presença de gestores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil. O resultado da reunião foi que a Fazenda já encaminhou, o que Neuto de Conto chama de “sinalização de decisão positiva”, ao Ministério da Agricultura o pedido para definir em qual linha de crédito enquadrar a renegociação dos produtores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
 
Impedimento - Por conta de dívidas em atraso, os fruticultores da Região Sul não puderam se habilitar ao financiamento oferecido no último pacote econômico do governo federal para a agricultura, de até R$ 1,6 milhão para a instalação de cobertura de tela sobre os pomares. Esta proteção, com durabilidade de até dez anos, resulta mais positiva e barata do que o pagamento de seguro para enfrentar a geada e o granizo que afetaram gravemente a safra em sete dos últimos dez anos. A renegociação agora sinalizada, habilitaria os produtores dos três estado sulistas para a contratação imediata da cobertura dos pomares.
 
Outros problemas - As intempéries se somam, como dificuldade para o setor da maçã, ao câmbio baixo que inibe exportações e privilegia importações da Argentina e do Chile. Mas, os produtores também sofrem pela falta de soluções logísticas. Sem capacidade financeira para investir em armazenagem para a conservação das frutas e regulação do mercado, acabam fornecendo pelo preço de até R$ 24,12 a caixa de 18 quilos de maçã, que vai chegar ao consumidor a R$ 72,98.
 
Produção - A produção brasileira se concentra no Sul, com 13,6 mil toneladas de maçã colhidas por ano. Santa Catarina responde por 49% da safra, o Rio Grande do Sul por 45% e o restante, 6%, fica a cargo do Paraná. O setor mantém 168 mil pessoas em empregos diretos e indiretos. (Imprensa BRDE)

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