Brasil quer maior aproximação com a França

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Brasil e França poderão criar grupos temáticos para avaliar as cadeias produtivas do agronegócio de interesse mútuo com vistas a estabelecer acordos bilaterais. A sugestão foi apresentada nesta semana pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Amauri Dimarzio, ao governo francês. Segundo ele, isso poderá contribuir para a adoção de medidas que facilitem o comércio de produtos agropecuários entre os dois países. "Sugeri ao governo francês que peça oficialmente ao Brasil a formação desses grupos", disse hoje (02/10) Dimarzio, por telefone, de Clermont-Ferrand, no sul da França. "Essa medida contribuiria para dar mais transparência nas negociações bilaterais." De acordo com o secretário, as autoridades francesas gostaram de proposta. "Poderiam ser avaliadas, por exemplo, as cadeias do açúcar, café, soja e carnes. Isso permitiria ter informações sobre cada um desses setores."

Visita - Dimarzio e o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, estão visitando aquele país, a convite do governo francês, desde a última segunda-feira. Eles já tiveram reuniões com representantes do Ministério da Agricultura, Alimentação, Pesca e Assuntos Rurais, do Ministério da Economia, Finanças e Indústria, da Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos e da Confederação Nacional de Pecuária. Além disso, participaram da Assembléia Permanente das Câmaras de Agricultura.

Liderança - O secretário-executivo do Mapa afirmou ainda que os franceses estão surpresos com a liderança assumida pelo Brasil nas negociações agrícolas durante a 5ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), no mês passado, em Cancún (México), quando surgiu o G-21 (grupo de países desenvolvidos). A França, acrescentou, está disposta inclusive a ser interlocutora do Brasil junto à União Européia.

Conteúdos Relacionados