BIOCOMBUSTÍVEIS I: Tecnologia disponível permite ampliação da produção mundial

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A tecnologia já disponível é suficiente para que muitos países possam iniciar sua produção de etanol a partir de cana-de-açúcar. Esta é a posição do professor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá, Luiz Horta, que participou na manhã de quarta-feira (19/11), da terceira sessão plenária da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, na capital paulistana.  "Já poderíamos ter acumulado benefícios globais em termos ambientais e econômicos se muitos países que têm condições, especialmente na América Latina, de produzir biocombustíveis já tivessem tomado iniciativa. Podemos citar apenas alguns, como Jamaica, Costa Rica e Colômbia que iniciaram esse processo; mas ainda são poucos", ressaltou Horta acerca do debate em torno da inovação no setor de biocombustíveis.

Novas tecnologias - O professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, José Goldemberg, reforça este pensamento. Para ele, é necessário não só desenvolver novas tecnologias, mas aprofundar e disseminar a que já existe. "Isso depende de mandato governamental para se fixar um percentual de biocombustível misturado ao combustível fóssil. Temos estudos apontando que a produção de biocombustíveis gera 60 vezes mais empregos que a utilização de combustíveis fósseis. Isso num momento de crise econômica é um fator muito importante", completou Goldemberg. A sessão teve como moderador o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sílvio Crestana, e participação de especialistas do Banco Mundial (BID), institutos de pesquisa do Brasil, Estados Unidos e Sudão, além de representante da indústria automobilística. À tarde, o debate será focado no mercado internacional, regras comerciais e padrões sócio-ambientais dos biocombustíveis. (Mapa)

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