Avicultores querem criar fundo sanitário para prevenir crises

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O setor avícola nacional vai criar um fundo financeiro de apoio aos produtores no caso de ocorrência de doenças como a gripe aviária, que já dizimou vários plantéis na Ásia, Europa e na América do Norte. A proposta será discutida na próxima reunião da União Brasileira de Avicultura (UBA), prevista para a próxima semana, e a idéia é implantar o projeto imediatamente, segundo Domingos Martins, presidente do Sindicato e Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Sindiavipar). Segundo ele, cada avicultor vai passar a contribuir com um percentual para o fundo, que será administrado pela UBA em parceria com associações regionais do setor. Na reunião, será definido o percentual da contribuição, que será direcionada para produtores que registrem doenças enquadradas na categoria A, como a influenza aviária e a newcastle. A intenção é proteger principalmente os donos de avós e matrizes. A meta é dar apoio aos produtores em caso de medidas sanitárias drásticas, como sacrifício de animais. "Hoje é praticamente zero a chance de haver casos de gripe aviária no Brasil", garante Martins. "Mas os avicultores estão desprotegidos. Além disso, a iniciativa mostra ao importador que o setor é organizado", diz ele, que prevê um crescimento de 15% na produção em 2005. Martins não soube dizer quanto dinheiro o setor poderá levantar para compor o caixa do fundo.

Maior exportador - O Brasil é o maior exportador mundial e segundo maior produtor de carne de frango, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo dados divulgados pela UBA, a produção cresceu 8% em 2004, totalizando 8,5 milhões de toneladas, e as exportações somaram US$ 2,5 bilhões. À lista de 132 países compradores do frango nacional devem se somar outros 15 destinos em 2005, com destaque para a China, diz Martins. Ao contrário de alguns executivos do setor, o presidente do Sindiavipar prevê continuidade nos ganhos de exportação mesmo com o câmbio desfavorável. "A cadeia se equilibra porque vários insumos, como milho e soja, também são cotados em dólar e os preços do frango no mercado internacional continuam favorecidos. O problema da desvalorização do dólar é mundial". (Gazeta Mercantil)

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