AVICULTORES EUROPEUS PEDEM PROTEÇÃO

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Os avicultores europeus, por se sentirem prejudicados pela grande oferta de frango feita principalmente pelo Brasil e Tailândia, estão solicitando à União Européia que altere a regra para importação de cortes de frango vigente desde 1999. Essa regra abriu uma brecha para que os dois países ampliassem suas vendas para a Europa nos últimos anos. No caso do Brasil, as exportações quase triplicaram desde 1999. Pelo Acordo das Oleaginosas, firmado entre Brasil e UE na década de 90, o bloco tem direito a uma cota anual de importação de 15 mil toneladas de cortes in natura (frango e peru) do Brasil, com tarifa zero. Fora da cota, o importador paga taxa de 70% sobre o valor CIF do produto. No entanto, uma lei de 1999 da UE prevê que as importações de cortes de frango salgado (com teor de sal de 1,2% a 1,5%), destinados à industrialização, paguem tarifa de 14%. Os exportadores brasileiros admitem que viram na lei um caminho para vender mais para a Europa, já que a alíquota de importação é bem menor. Assim as empresas brasileiras passaram a adicionar o teor permitido de sal aos cortes. A solicitação, feita através do Comitê de Organizações Profissionais Agrícolas da UE (Copa) e do Comitê Geral de Cooperativas Agrícolas da UE (Cocega), preocupa os exportadores e o governo brasileiro. Caso a UE acate o pedido, os custos de importação dos cortes de frango do Brasil seriam elevados, reduzindo as vendas brasileiras. No entanto, o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, já está tomando providências para evitar redução do mercado europeu ao frango brasileiro.

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