AVANÇAM NEGOCIAÇÕES SOBRE QUESTÃO AGRÍCOLA NA OMC

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A reunião de 20 dos 143 países da OMC - Organização Mundial do Comércio - no último fim de semana, em Cingapura, permitiu um avanço maior em temas polêmicos - como a liberalização agrícola - e que traziam dúvidas sobre o lançamento de uma nova rodada multilateral em novembro, no Catar. O embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário-geral de Assuntos Econômicos, de Integração e de Comércio Exterior do Itamaraty, em entrevista ao jornal o Estado de São Paulo afirmou que houve uma mudança no capítulo sobre agricultura do documento que definirá o formato da rodada e acrescentou que o consenso completo pode ser alcançado antes da reunião ministerial da organização em Doha, a capital do Catar.

Eliminação dos subsídios - A liberalização agrícola é uma das principais razões do empenho do Brasil em ver lançada a nova rodada da OMC. O País é um dos 17 membros do Grupo de Cairns, que reúne os países exportadores agrícolas da organização e que não subsidiam seus produtores. O foco dessa ala da OMC está na eliminação de subsídios à produção e à exportação agrícola - mecanismos adotados principalmente pela União Européia e pelos Estados Unidos e que, além de barrar a entrada de produtos importados, derruba os preços das commodities do setor.

Participantes - Da reunião de Cingapura participaram: os peso-pesados do comércio internacional (União Européia, Estados Unidos e Japão); uma parte do Grupo de Cairns (Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Indonésia e África do Sul); países industrializados e emergentes (Hong Kong, Cingapura, Coréia, México, Suíça); países que se opõem à rodada (Índia e Paquistão); e ainda Gabão, Jamaica, Catar e Tanzânia. O encontro também teve a presença do diretor-geral da OMC, Mike Moore. A delegação brasileira foi chefiada pelo embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, secretário-geral das Relações Exteriores.

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