ARENITO: Estudos apontam potencialidades da região de Umuarama

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Várias situações surgidas recentemente convergem para um único alvo: o desenvolvimento sustentável do noroeste, que tem Umuarama como um dos seus principais pólos urbanos e com produção diversificada. Como são propostas oriundas de esferas de decisão no âmbito estadual, pode-se prever que muitas coisas poderão acontecer de tal forma e com a necessária sustentação, tornando a região uma excelente opção para investimentos.

Proposta - A começar pela proposta do governo estadual, que tem projetos e programas voltados para a interiorização industrial, criando condições para investimentos de pequeno, médio e grande porte na diversificação da produção, utilizando as matérias primas oriundas da própria região, ou fomentando a diversificação das atividades industriais. Já a superintendência do Banco do Brasil no Paraná, reuniu lideranças políticas, técnicos, representantes do governo e de outros segmentos em Curitiba, na semana passada, para apresentar um "Diagnóstico do Arenito Caiuá".

 

Mapeamento - Trata-se de um estudo do banco que objetivou a identificação dos principais problemas nesta região; mapear as principais atividades agropecuárias desenvolvidas nessa área e subsidiar uma proposta de atuação no Arenito. Esse estudo engloba 107 municípios em uma área de 3,2 milhões de hectares, localizados na região noroeste do estado, tendo como característica comum a formação por solo arenoso e degradado.

"Esse diagnóstico é fundamental para projetos que visem o desenvolvimento integrado de todos esses municípios do Arenito Caiuá, pois além de identificar os principais problemas da região, apresenta opções para investimentos", observa o prefeito de Umuarama, Moacir Silva, que participou da reunião na superintendência do BB, a convite da senadora Gleisi Hoffmann e do deputado federal Zeca Dirceu. Além dele, outro prefeito no encontro foi o de Paranavaí, Rogério Lorenzeti.

 

Diversificação - Some-se à proposta do governo para a industrializar o interior, outra iniciativa, esta da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que quer promover a diversificação da produção agropecuária e proporcionar a transformação da matéria prima em produtos industrializados, por meio das agroindústrias, agregando valores e aumentando a renda dos produtores e dos municípios.

 

Estudo de Prospecção - Esse diagnóstico apresentado pelo Banco do Brasil e os programas do governo Beto Richa para a região noroeste, coincidem com o "Estudo de Prospecção da Atividade Econômica do Município de Umuarama", encomendado pela Prefeitura a um grupo de professores e técnicos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Esse levantamento aponta as deficiências nas áreas econômica e social, bem como indica quais os caminhos para gerar o desenvolvimento municipal.

Perfil socioeconômico - "Hoje temos estudos que apresentam o perfil socioeconômico de Umuarama e da região, que mostram as nossas mazelas mas também destacam nossas potencialidades. Não estamos mais no escuro, sem saber para onde caminhar. Fica mais fácil planejar, e com planejamento é mais fácil atrair investimentos", destaca Moacir Silva.

 

Prefeitura - O estudo feito pela Unioeste aponta que "as ações da Prefeitura por meio dos seus investimentos e gastos públicos serão capazes de estimular a economia, transformando-se num instrumento anticíclico eficaz e com tempos de resposta relativamente curtos". Entretanto, o mesmo levantamento assevera que "cabe ao conjunto da sociedade abraçar os interesses coletivos como estratégia de desenvolvimento, local e regional, o qual deve se dar por meio da articulação entre os diversos atores".

 

Área rural - Um dos caminhos para acelerar o desenvolvimento desta região, aponta o documento da universidade, é a intensificação das atividades na área rural. "Essas atividades devem estar em sintonia com o setor industrial e ambos - produtor rural e a indústria - devem estabelecer diálogo com o setor comercial atacadista e varejista, principal responsável pela chegada dos produtos ao consumidor final", aconselham os técnicos e professores universitários.

 

Problemas - Por sua vez, o estudo feito pelo Banco do Brasil detectou que os principais problemas da região do Arenito Caiuá são a degradação do solo e erosão; baixa produtividade; pouca assistência técnica; falta de aplicação de tecnologia; estradas precárias; desinteresse dos sucessores e êxodo rural.

 

Setores - Depois de apresentar como propostas para garantir o desenvolvimento, a fomentação e expansão das atividades já estabelecidas e que fazem parte da cultura da região, visando a introdução de tecnologias que possibilitem ganhos de produção, produtividade, qualidade, renda, mitigação de riscos e diversificação na propriedade, além de atuação mais qualitativa, o Banco do Brasil aponta os setores que apresentam melhores indicadores e com potencial para crescer.

 

Envolvimento - A bovinocultura de leite e de corte, mandiocultura, avicultura de corte, cafeicultura, fruticultura (laranja) e silvicultura (eucalipto) foram identificadas como as cadeiras produtivas a serem apoiadas. O Banco do Brasil propõe o envolvimento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Embrapa, Seab, Emater, Iapar, Uem, Ocepar, Unipar, Faciap, Prefeituras, Faep, Fetaep, Senar, Sebrae, associações e cooperativas, IAP, Suderhsa, e empresas de assistência técnicas privadas. O banco estabeleceu uma linha específica de crédito para financiar investimentos que se identifiquem com as propostas apresentadas com base no diagnóstico da região.

 

Ações - "A partir de agora temos que passar a agir, com ações voltadas para eliminar as deficiências estruturais e naturais de Umuarama e região, bem como através de programas e projetos que alavanquem o desenvolvimento, com investimentos nas áreas onde os estudos apontam maior viabilidade econômica com alcance social", concluiu Moacir Silva. (Umuarama Ilustrado)

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