AGRONEGÓCIO: PIB confirma crescimento do setor em 2007
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4,41% no até setembro - No ano, até setembro, o PIB do agronegócio cresceu 4,41% na comparação com igual período de 2006, puxado pela pecuária, que inclui a produção de todas as carnes e de leite. O PIB da agropecuária cresceu 7,72% nos nove primeiros meses do ano. Os dados revelam que o ano de 2007 foi positivo para o agronegócio, apesar das queixas dos produtores contra a apreciação cambial, o aumento dos custos de produção e as deficiências em infra-estrutura. ‘‘Os grandes números não conseguem captar algumas dificuldades'', disse Cotta.
Contribuição para o País - O gerente da área financeira e técnica do Sistema Ocepar, Flávio Turra, comenta que, depois de dois anos em crise, principalmente para a agricultura, o setor voltou a contribuir de modo significativo para o crescimento do PIB do País. Segundo estudo elaborado pela Ocepar, as exportações do agronegócio cresce em ritmo mais acelerado que as exportações totais brasileiras. "O setor continua sendo a alavanca do comércio exterior brasileiro, respondendo por 37% das exportações totais do País.", diz.
Balança Comercial - Uma avaliação detalhada mostra que o PIB do segmento industrial do agronegócio foi o que teve a menor oscilação no ano, 1,52%, resultado da queda no preço do açúcar e do álcool.
Esse recuo de preços também pode ser verificado na balança comercial do agronegócio. O setor sucroalcooleiro foi o único que teve redução das exportações no acumulado do ano até novembro, disse o assessor técnico da Comissão Comércio Exterior da CNA, Antônio Donizeti Beraldo. Os embarques de açúcar e álcool renderam US$ 6,140 bilhões nos 11 primeiros meses do ano, queda de 11,3% em relação a igual período de 2006. No global, porém, as previsões indicam que a balança comercial do agronegócio deve fechar o ano com saldo recorde de US$ 50 bilhões.
Exportação - A previsão, se confirmada, representará aumento de 17% em relação a 2006. Até novembro, a exportação total de produtos agrícolas rendeu US$ 53,781 bilhões, crescimento de 18,8%. A importação cresceu em ritmo mais acelerado no período: 30,3%, para US$ 7,861 bilhões. ‘‘A importação de trigo e o câmbio, que barateou as compras externas, foram responsáveis pela alta'', disse Beraldo.
Milho - O destaque positivo é a exportação de milho, que deve render US$ 2 bilhões no ano, faturamento recorde. Até novembro, os embarques renderam US$ 1,716 bilhão, o que corresponde a um crescimento de 307,3% em relação ao acumulado entre janeiro e novembro de 2006. Beraldo explicou que o cenário externo continua muito positivo devido ao crescimento da demanda mundial por alimentos. O uso crescente de matéria-prima para a produção de biocombustível também manterá os preços em alta. (Com informações Folha de Londrina)