Agronegócio forte se traduz num Brasil Desenvolvido
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(*) Moacir Micheletto
O negócio
do Brasil é o investimento nas áreas rurais. Somos a nação
com maior capacidade de produção em larga escala sem termos nenhum
subsídio para nossos produtores. Temos as terras mais agricultáveis
do planeta, temos água em abundância, temos profissionais capacitados
e um grande horizonte a ser alcançado com o desenvolvimento da nossa
pátria. O setor rural é o único atualmente capaz de absorver
mão de obra, gerar e distribuir riquezas, além de manter o saldo
da balança comercial brasileira em índices positivos. Nossa vocação
é agrária, é explorar nossos recursos provenientes da natureza
e preservá-los a medida que esses recursos se transformem em bens utilizáveis
para o país.
O Brasil é o único país na história que consegue
promover o desenvolvimento agropecuário sem destruir a natureza. Os países
europeus e os EUA botaram inúmeras florestas abaixo para se desenvolverem.
Por conta disso a bancada de apoio a agricultura no Congresso Nacional tem enfrentado
um grande desafio que é o de convencer a sociedade brasileira de que
os produtores rurais, em sua larga maioria empresários honestos e trabalhadores,
não degradam o meio ambiente e sim ajudam a manter no país um
ordem jurídica importante em momentos de extrema dificuldade onde a violência
nas grandes cidades corre solta.
O papel que o agronegócio brasileiro exerce hoje demonstra que graças
a um aparato moderno que cerca o setor o país tem condições
de competir de igual para igual com produtores norte-americanos e europeus que
recebem inúmeros subsídios para colocar seus produtos no mercado.
Isso sem contar com a situação florestal brasileira ainda não
resolvida. A ajuda dos veterinários, engenheiros agrônomos e demais
profissionais que fazem do setor rural o mais organizado do país deve
e muito ser considerado. A participação dos fiscais agropecuários
nesse processo é essencial.
A reforma do Código Florestal parada há três anos prejudica
uma enormidade esse setor que é responsável por gerar emprego,
renda e divisas para o país. Ambientalistas radicais extremados e oportunistas
querem que o país pare com sua produção para que não
incomode as nações desenvolvidas. Muitas organizações
a mando do capital externo querem lotear a amazônia brasileira e evitarem
ao máximo que terras muito produtivas não sejam utilizadas pelo
setor rural afim de que eles possam ter o controle daquela região.
O ministro da Agricultura Roberto Rodrigues tem servido e muito ao país
com sua visão estratégica e cooperativista. É graças
ao nosso companheiro Rodrigues que o Brasil vem conseguindo se deslanchar. A
prioridade dada ao cooperativismo pelo governo do presidente Lula é muito
importante para que os resultados alcançados pelo segmento agrário
possa aumentar e ser mais satisfatório ainda. Esperamos que essa mesma
prioridade dada ao cooperativismo seja dado a uma política nacionalista
que preserve o território nacional e incentive a produção
no cerrado e na amazônia brasileira.
O país se modernizou. A maioria da população migrou para
as médias e grandes cidades. Muita coisa mudou. Mas a vocação
de nossa terra permanece a mesma. Lógico que o segmento rural já
não é mais o mesmo, também sofreu mudanças, e, graças
a ela, esse setor tem as condições ideais de continuar e aumentar
sua alavanca que promove o desenvolvimento do país.
Diagnosticar esse setor como o setor pungente do país significa também
que a pesquisa tanto estatal como privada e universitária garantem o
sucesso do Brasil no exterior com seus produtos de alta qualidade.
(*) Moacir Micheletto, do PMDB paranaense, é deputado federal pelo 4º
mandato e engenheiro agrônomo e ex-dirigente de diversas empresas cooperativistas.