AGRICULTURA: Experiência brasileira atrai atenção do governo neo-zelandês
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Técnicos da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reuniram ontem com o produtor agropecuário Alistair Polson, enviado especial da Nova Zelândia para o comércio agrícola. O empresário veio ao Brasil interessado em trocar informações sobre as experiências brasileira e neo-zelandesa com a política agrícola. Além disso, Polson buscou conhecer a tecnologia para produção de etanol a partir da cana-de-açúcar e mostrar os benefícios da liberalização do setor agrícola adotada na Nova Zelândia. “É importante remover a proteção e permitir a competição no setor agropecuário”, explica Polson, ao descrever a fórmula que, desde 1984 - ano da implementação de reformas gerais na economia de seu país - incentivou a modernização do setor agrícola. Nas décadas de 70 e 80, os produtores rurais chegaram a ter 50% de sua renda proveniente de subsídios. Hoje, o setor de lácteos e a ovinocultura ganharam novo fôlego, aumentaram os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a produtividade no setor.
Subsídios - “A questão do fim dos subsídios defendida por Polson é muito oportuna no cenário multilateral. Num momento em que o mundo todo discute o fim dos subsídios, ele prova que produzir sem eles é muito mais vantajoso”, acredita Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura. O enviado especial também mostrou-se preocupado com a luta dos países em desenvolvimento por avanços na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), cujas negociações travaram exatamente por questões relacionadas a subsídios agrícolas nos países desenvolvidos. “Reconhecemos o papel importante desempenhado pelo Brasil no G4 e no G20 e esperamos fortalecer nossos laços para manter um discurso coeso nessas negociações”, afirma.
Piracicaba - Na quarta-feira, 29/05, Alistair Polson visitou uma usina de etanol em Piracicaba, São Paulo. “Viemos ao Brasil porque reconhecemos que vocês são os líderes mundiais no assunto”, comentou. O governo da Nova Zelândia fixou, em fevereiro deste ano, a meta de misturar 3,4% de biocombustível ao total de diesel e gasolina usado para transporte no país até 2012. (Mapa)