AGRÁRIA: Anuário Exame destaca tradição da cooperativa fundada por alemães
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A cooperativa Agrária, de Entre Rios (Guarapuava), foi destaque da categoria “Algodão e Grãos”, do Anuário da revista Exame, edição de junho de 2007. A revista colocou a Agrária como a melhor no setor em 2006 por seu conjunto de indicadores financeiros, com destaque para a taxa de rentabilidade (12,1%) e a riqueza gerada por empregado (125.812 reais). A reportagem “Uma tradição de eficiência” conta a história da cooperativa, fundada no Paraná por imigrantes alemães – Suábios do Danúbio - que fugiram das ruínas da Segunda Guerra. A matéria destaca que atualmente a Agrária é detentora de tecnologia de ponta na produção de grãos, com mais de mil funcionários e dona de quatro fábricas.
As instalações - A cooperativa fornece insumos, oferece suporte técnico, compra industrializa, vende e distribui a produção agrícola dos 500 associados. Além disso, a cooperativa mantém um colégio, um hospital, um museu histórico e patrocina diversas atividades culturais, como grupos de teatro, dança e música, que revivem as tradições dos suábios.
Desafios - Em entrevista à Exame, o presidente da Cooperativa, Jorge Karl, disse que o desafio é atuar como qualquer empresa que busca eficiência e resultados, mas sem perder de vista as raízes. No ano passado, a Agrária registrou lucro líquido de 27 milhões de reais e vem ganhando espaço em mercados importantes graças esquema azeitado de produção, relata a matéria da Exame. O melhor exemplo é o controle que a cooperativa possui sobre a cadeia de produção da cevada. Com capacidade instalada de 140.000 toneladas por ano, sua maltaria, a Agromalte, é a maior do país e supre 20% do total dessa matéria-prima consumido pelas cervejarias do Brasil. Por sua localização, destacam-se na região as culturas que se desenvolvem melhor no frio, como cevada e trigo. No caso da soja, a cooperativa utiliza cerca de 50% da produção para fazer óleo e ração para animais.
Câmbio – Jorge Karl comentou também a questão do câmbio, com o real valorizado. “Os grãos vivem um momento satisfatório graças à alta nas cotações internacionais. Se não tivesse havido esse aumento, com o câmbio do jeito que está, a situação seria mortal”, avaliou o dirigente cooperativista.
Rankings – Outras cooperativas do Paraná também aparecem na classificação por setores. No setor “Atacado e Comércio Exterior, a Capal, de Arapoti, ficou na oitava colocação. No setor “Aves e Suínos”, aparecem a Frimesa (sexto lugar) e a Copagril (décimo). No setor “Café” está a Cofercatu, na oitava colocação. A Batávia (49% do capital é de cooperativas), aparece em primeiro lugar no setor “Leite e Derivados”. Nesse mesmo setor, a Batavo está em quarto e a Confepar, em décimo lugar. No setor “Óleos, farinhas e conservas” a Coamo ficou em nono lugar. Já em “Saúde e nutrição animal” a Coagru está na segunda colocação e a Corol na sexta.
Fazenda – O anuário Exame ainda aponta a fazenda Frankanna, em Carambeí (Campos Gerais), como a melhor fazenda do Brasil, como modelo de eficiência e produtividade. A propriedade, de dois mil hectares, é de Franke Djikstra, ex-presidente da cooperativa Batavo, natural da Holanda, chegou ao Brasil aos cinco anos de idade, com a família, após a Segunda Guerra Mundial. A reportagem aborda o sistema de plantio inovador, câmeras de vídeo no curral, biodigestor para evitar a emissão de gás metano na atmosfera e bônus de até três salários por ano aos funcionários.