Aftosa: vacinar é dever de todos

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(*) João Paulo Koslovski

Há uma semana o Paraná iniciou mais uma campanha de vacinação contra a febre aftosa. Mais do que uma campanha, a vacinação representa antes de mais nada uma obrigação do pecuarista e, além do mais, uma garantia de que nossos produtos não terão problemas de qualidade e sanidade na hora da  venda.

O Paraná deu um belo exemplo a todo o país, na medida em que organizou constituindo o FUNDEPEC e o CONESA, integrando as entidades privadas e públicas com o objetivo de sistematizar as ações para enfrentar as questões sanitárias do setor agropecuário. A constituição de um fundo para amparar os pecuaristas em caso de problemas sanitários expressa bem a seriedade e o comprometimento de todo o setor, para que a qualidade e sanidade de nossos rebanhos possam ser oferecidas tanto ao mercado interno como externo, sem quaisquer restrições. Se hoje o Brasil e o Paraná vêm exportando carnes para mais de 90 países é porque conseguimos conquistar este importante espaço pela qualidade e sanidade do produto oferecido.

Por tudo isto entendemos que o esforço desenvolvido, especialmente por parte dos pecuaristas, com forte apoio do Estado e iniciativa privada para combater de forma sistêmica a febre aftosa no Paraná só valeu a pena. Basta analisar o crescente volume de  carnes exportado e o forte impacto que representam as divisas em dólar na pauta das exportações dos produtos paranaenses. É preciso, à semelhança do que ocorreu em campanhas anteriores, que cada um cumpra com sua parte neste importante papel de manter o status conquistado com muito trabalho e determinação para o Paraná livre da aftosa.

A vacinação, antes de ser uma obrigação ou cobrança por parte das autoridades constituídas, é preciso ser encarada com um dever de todos, especialmente do pecuarista, para que tenhamos a garantia de produtos com qualidade e sanidade inquestionáveis.

Garantir 100% do rebanho vacinado é responsabilidade de todos e deve ser encarado como dever imprescindível de todo pecuarista. Isso, para que as conquistas dos últimos anos, especialmente as obtidas a partir de 2000, quando o Paraná foi considerado livre da febre aftosa pela Organização Internacional de Epizotias (OIE), sejam garantidas e ampliadas.

(*) Presidente do Sistema Ocepar

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