AFTOSA: Campanha estadual de vacinação aftosa é lançada no sudoeste

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A segunda etapa estadual da campanha de vacinação contra a febre aftosa foi lançada na região sudoeste, nesta quinta-feira (28/10). O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Erikson Camargo Chandoha, e o diretor do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis), Marco Antonio Teixeira Pinto, estiveram em Francisco Beltrão para iniciar o período de vacinação, que, oficialmente, vai de 1.º a 30 do mês que vem.

Sudoeste - A região sudoeste, composta por 27 municípios, representa pouco mais de 10% do rebanho paranaense, que atualmente é de 9,6 milhões de cabeças. A estimativa é que a região tenha cerca de 1,1 milhão de bovinos e bubalinos. Nessa etapa da campanha deverão ser vacinados todos os animais, independente da idade. O início da campanha foi no sítio Laranjal, do produtor de leite Luiz Wulf, que tem cerca de 70 cabeças de gado, na comunidade de Rio Tuna. Acompanharam o lançamento da campanha o prefeito Wilmar Reichembach, o chefe do núcleo da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Francisco Beltrão, Carlos Alberto Wust da Silva, representantes dos sindicatos rurais, os conselhos municipais de sanidade agropecuária (CSAs) e produtores.

Leite - "A escolha do Sudoeste para iniciar o período de vacinação contra aftosa deve-se a que a região é uma importante bacia leiteira e tem como característica a pequena propriedade que precisa de uma atenção maior para incentivar os produtores", disse o secretário Erikson Chandoha. Segundo o secretário, recentemente a região Sudoeste passou a ser a primeira no ranking de produção de leite do Estado, com produção superior a 533 milhões de litros por ano. Isso aumenta a responsabilidade e a vontade que o Estado alcance a meta de ficar livre de febre aftosa sem vacinação, porque essa condição irá valorizar bastante os produtos no mercado internacional. "Não só o leite e as carnes ganham valor no mercado, mas também os grãos também são valorizados, quando o Estado atingir a condição sanitária exigida pelo mercado internacional", disse o secretário.

Parceiras - Chandoha enfatizou a atuação dos sindicatos rurais, das prefeituras municipais e dos CSAs, que são parceiras do Estado na campanha de vacinação. São essas entidades que ajudam a percorrer as pequenas propriedades para conscientizar o produtor para vacinar seus animais. "Muitos representantes dessas entidades se responsabilizam até pela vacinação, quando percebem que um produtor não tem condições de arcar com a compra das doses de vacinas", destacou.

Índices - Para Chandoha, são ações como essas que ajudam o Paraná a manter índices de vacinação superiores a 98% em todas as campanhas, que são os melhores do País. "Por isso, priorizamos a atenção especial ao pequeno produtor durante essa campanha de vacinação contra febre aftosa. Esses produtores dão sua contribuição para que o Paraná alcance os índices de destaque". O secretário lembrou que no futuro o Estado deverá suspender as campanhas de vacinação contra febre aftosa e o Paraná deverá ser o segundo estado brasileiro a alcançar esse status. Atualmente só o estado de Santa Catarina é livre de febre aftosa sem vacinação.

Desafio - Mas esse é um desafio que está sendo repassado ao próximo governo, porque o Estado ainda tem de cumprir algumas tarefas exigidas tanto pelo ministério da Agricultura como pelos órgãos internacionais de sanidade agropecuária, disse Chandoha. Entre elas está a contratação de médicos veterinários para atuar nas unidades veterinárias no Interior do Estado e nas barreiras de fiscalização.

Excelência - Segundo o diretor do Defis, com essa segunda etapa da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa, o Paraná busca manter a excelência dos índices de vacinação alcançados nos últimos anos, capazes de manter a enfermidade longe do rebanho. Teixeira Pinto ressaltou a importância da vacinação, porque é ela que dará as condições para o Estado suspender as campanhas no futuro. Para isso, apelou para a conscientização do produtor para que não deixe de vacinar o rebanho. O chefe do Defis, lembrou que o órgão de fiscalização não tem a intenção de multar o produtor. "Infelizmente, em alguns casos, não resta outra opção", disse. Segundo a Seab, a multa é de R$ 97,05 por cabeça não-vacinada. (AEN)

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