Ação do STF coloca em risco Proalpar
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Longo prazo - Depois que Lerner avalizou a ação, assinando-a, foi convencido pelo secretário da Agricultura, Deni Schwartz, que a médio e longo prazo o programa traria retorno aos cofres do Estado, com o aumento de produção e, como conseqüência, a criação de emprego e renda no setor. O secretário citou o exemplo do Mato Grosso que recorreu a um programa de incentivo semelhante, há cinco anos, e hoje é o maior produtor de algodão do País, gerando centenas de empregos naquele Estado.
Lerner - Mas quando o governador desistiu de recorrer ao Supremo, manifestando essa intenção publicamente em Umuarama, na semana passada, a ação já havia sido protocolada em Brasília pela PGE. O governador chegou a determinar à Secretaria da Agricultura que trabalhasse na regulamentação da lei. Porém, fora de prazo. Na última sexta-feira, o Paraná já havia ajuizado a ação, argumentando que a lei iria provocar a redução de R$ 4,5 milhões na arrecadação anual do Estado. E que a medida iria refletir também na parcela dos municípios, que recebem 25% do imposto arrecadado.
Surpresa no setor - Outro ponto levantado na ação é que as indústrias beneficiadas pelo Proalpar, teriam faixas de isenção pelo prazo de 10 anos. A notícia da ação surpreendeu o setor produtivo, que esperava a regulamentação da lei. As cooperativas estão esperando que o governo vá regulamentar a lei antes de 20 de outubro, quando inicia o plantio de algodão no Estado, disse Nelson Costa, assessor econômico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
Regulamentação - O diretor da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, confirmou que os técnicos da Seab estão trabalhando na regulamentação da lei, como determinou Lerner, e que o imbróglio jurídico deverá ser solucionado. O Proalpar vem provocando polêmica pelos benefícios fiscais que representa ao setor da produção e industrialização do algodão, desde quando a lei foi aprovada pela Assembléia Legislativa, em julho deste ano. Em seguida à aprovação, foi vetada pelo governador. Mas a Assembléia derrubou o veto. Foi quando o governador decidiu entrar com Ação de Inconstitucionalidade, recuando em seguida.
A lei prevê que produtores, indústrias e institutos de pesquisa sejam beneficiados com créditos oriundos da incidência do ICMS recolhido pelo setor industrial.