A VOLTA DO EL NIÑO
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Os cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, que vêm acompanhando há meses as temperaturas do oceano Pacífico perto da costa da América do Sul não têm dúvida: o fenômeno "El Niño" está de volta. O problema, agora, é saber com quem força. Em fevereiro, segundo os cientistas, a temperatura na superfície do oceano elevou-se dois graus Celsius, um sinal forte de que o Pacífico poderá ter que conviver com o El Niño durante um ano ou mais.
El Niño no Brasil - No Brasil, as regiões sul e nordeste são as que mais costumam sofrer com El Niño. O fenômeno climático provocou invernos fracos e chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul nos anos de 1997 e 1998, causando grandes prejuízos. No nordeste, agravou dramaticamente a estiagem. Agora em 2002, o El Niño, que apresenta efeitos mais visíveis no segundo semestre, já teve seus primeiros sinais identificados pelos meteorologistas. Mas, assim como os colegas da NOAA, os pesquisadores brasileiros afirmam ser muito cedo para determinar a intensidade do evento.
Inpe - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a detectar um aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região do Equador - um dos principais indicadores do fenômeno - no final de dezembro.
Em fevereiro, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou, em seu prognóstico climático trimestral, a observação de condições "favoráveis ao surgimento do El Niño nos próximos meses". Até o momento, porém, a tendência é de um El Niño de intensidade moderada a fraca. Conforme a observação de Lautenbacher, o Brasil também sentiu os efeitos econômicos na última passagem do fenômeno: roupas de inverno e aquecedores de ambiente sobravam nas lojas e a safra de arroz foi considerada a mais fraca da década, por conta do excesso de chuvas. (Com informações da agência RBS).