FRANGO E UVA: Decretos do governo beneficiam produtores no Paraná
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Durante a Escola de Governo, realizada nesta terça-feira (25/09), em Curitiba, o governador Roberto Requião e o secretário Valter Bianchini, da Agricultura, assinaram dois decretos que beneficiam produtores de frango e vitinicultores do Paraná. O primeiro decreto assinado, na presença de diversas lideranças do setor produtivo, reduz em até 60% na tarifa de energia elétrica da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para os criadores de frango em todo o Estado. A redução da tarifa no uso de energia no período noturno (das 22 horas às 6 horas), já autorizada para o meio rural através do Programa de Irrigação Noturna (PIN), agora será estendida aos criadores de frango do estado. O segundo decreto assinado isenta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos segmentos envolvidos com a vinicultura no Estado. O objetivo é incentivar a cultura da uva e a produção de vinhos e outros derivados, como sucos e geléias. Estiveram presentes na solenidade de assinatura o presidente da Faep, Ágide Meneguette, o superintendente adjunto do Sistema Ocepar, representantes da Fetaep, Sindiavipar, Sadia, Perdigão e demais entidades convidadas.
Cooperativas - Segundo o secretário da Agricultura, Valter Bianchini, a decisão de reduzir o valor da tarifa de energia para os produtores de frango atende a um pleito formulado pelo sistema cooperativista paranaense. "É uma medida muito importante e de fato atende uma necessidade manifestada pela própria Ocepar. Lembramos que dados fornecidos pela Ocepar a energia representa cerca de 5% do custo de produção e este decreto trará uma queda nestes custos, fazendo com que aumente a renda dos avicultores, dando assim mais competitividade para o setor". Outro reflexo apontado por Bianchini é a possibilidade de novos investimentos no estado pelas próprias cooperativas paranaenses.
Ocepar - No dia 17 de julho deste ano, o Sistema Ocepar encaminhou ao secretário da Agricultura, Valter Bianchini o ofício nº 00381/07 solicitando "implementação de uma política tarifária diferenciada sobre a energia elétrica consumida na produção de frango, uma vez que este item representa cerca de 5% dos custos diretos de produção do avicultor. Isto depois de descontados os custos da integradora. Saliente-se que estes custos acabam tirando parcela da margem auferida pelo produtor".
Investimentos - José Roberto Ricken, superintendente do Sistema Ocepar lembra de que as cooperativas agropecuárias do Paraná estão intensificando seus investimentos em projetos integrados de produção e abate de frangos. Atualmente são seis cooperativas que abatem e industrializam frangos, no estado do Paraná, com uma capacidade de abate de um milhão de frangos por dia, produzidos por 2.500 avicultores. "A produção de frango faz parte de uma estratégia dos produtores e suas cooperativas na busca de alternativas para diversificação da propriedade e para agregação de renda principalmente para a pequena propriedade rural. Temos as regiões oeste e sudoeste do Paraná com vocação especial para a produção de carnes, com tecnologia e matérias primas disponíveis, clima e estrutura fundiária adequada, infra-estrutura e logística apta a implementação desta atividade", afirma.
Produção - Segundo o Sindicato e Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Sindiavipar), o Paraná lidera a produção de frango desde 2001, seguido dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De janeiro a agosto de 2007, foram abatidos 734,65 milhões de cabeças de frango de corte. O Estado é o segundo estado no ranking nacional da exportação de frango, com 554,43 mil toneladas de carne de frango exportadas. O faturamento com a atividade no período janeiro a agosto foi de US$ 742,85 milhões. Segundo o Sindiavipar, em volume de exportação a tendência do Paraná é ultrapassar no mês que vem o estado de Santa Catarina, que ainda é o estado que mais exporta frangos no País.
Uva - Sobre o segundo decreto que trata da isenção de ICMS para os produtores de uva, Bianchini também ressaltou de que ele atende uma demanda dos produtores organizados em cooperativas. "Temos três grandes cooperativas, Cocamar, Corol e Integrada que já anunciaram investimentos nesta área de suco a partir da uva, também beneficia os produtores filiados a cooperativa de vinho de Toledo e que estão bem organizados e que serão mais competitivos perante a outros estados. A produção do Paraná ainda é pequena, porém, está em fase de crescimento, principalmente na Região Metropolitana de Curitiba, no oeste, sudoeste e centro-sul", disse o secretário.
Parceria - O Governo do Paraná dará os mesmos incentivos que o do Rio Grande do Sul (principal produtor de vinhos do país) oferece à cadeia produtiva naquele estado. "Vamos transformar o Paraná num grande produtor de vinhos, sucos e geléias de uva", afirmou o secretário. Bianchini pretende envolver técnicos da Emater, Iapar e Embrater, bem como a iniciativa privada, para colocar à disposição dos produtores paranaenses a mais avançada tecnologia do setor.
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