Entidades querem apressar processos porque ainda há milhares de crianças na fila de adoção

Dia 25 de maio é o dia Nacional da Adoção. E para marcar a data a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara realizou reunião virtual com entidades e órgãos do governo ligados à proteção dos direitos de crianças e adolescentes, para saber como está a adoção no Brasil.

A presidente da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção, Sara Vargas, destacou que os grupos trabalham com o preparo dos pais e o acompanhamento das famílias após a adoção. Ela informou que onde há a presença desses grupos, o sucesso nos índices de permanência dessas crianças é bem maior, evitando a devolução de crianças para os abrigos.

A representante do Conselho Nacional de Justiça, Trícia Navarro, lembrou que a adoção é um processo irrevogável, e por isso precisa ser feita com cautela, respeitando o direito de todos os envolvidos. Para garantir um processo eficiente, foi criado em 2019 o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, SNA, implementado em todos os estados brasileiros.

A deputada Leandre (PV-PR) destacou a importância de medidas capazes de aproximar as famílias das crianças. Leandre é membro da Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo).

O representante do Conselho Nacional do Ministério Público, André Tuma Ferreira, destacou que o acolhimento institucional deve ser o mais rápido possível, uma vez que não é o ideal para crianças e adolescentes, por mais que as varas de família estejam sobrecarregadas.

A secretária nacional da família, Ângela Gandra, afirmou que o ministério trabalha em conjunto com o CNJ para garantir um processo célere na adoção, mas com segurança jurídica. Segundo ela é preciso trabalhar colocar em contato as famílias aptas à adoção e as crianças aptas para serem adotadas no Brasil.

Atualmente existem 35 mil crianças acolhidas em instituições ou famílias temporárias, deste total, cinco mil já estão aptas para adoção.

Com informações da Rádio Câmara.