Com estiagem, agricultura paranaense estima redução nas safras de soja, milho e feijão

A crise hídrica, que já se estende de forma mais severa desde meados de 2019 no Paraná, somada à temperatura ambiente e de solo excessivamente elevada, ampliou a estimativa de perdas para o setor agrícola do Estado. Um levantamento preliminar aponta que o valor nas três principais culturas do período, soja, milho e feijão, está em torno de 24 bilhões de reais com tendência de aumento.

No final do mês, quando o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, consolidar os números será possível dimensionar o prejuízo de forma mais concreta em cada uma das regiões. Além dessas culturas, o novo relatório deve registrar redução também em outras atividades agrícolas.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou as perdas recordes que estão acontecendo por causa da estiagem.

Para possibilitar tomadas de medidas de forma mais ágil e ajudar agricultores e outras categorias de profissionais afetadas pela estiagem no Estado, o governo decretou situação de emergência. O secretário já participou de duas reuniões, que também tiveram representantes de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo é encontrar solução de forma conjunta para amenizar os prejuízos para os produtores.

No entanto, uma grande parte dos produtores ainda não tem cobertura de seguro para suas culturas. De forma preliminar, se estima que, até agora, a soja, principal cultura deste período na safra 2021-2022, teve percentual de perdas de 37%. No milho de primeira safra, a previsão ainda parcial é de que haverá quebra de 34%. O relatório completo pode ser conferido em www.agricultura.pr.gov.br.

Com informações do Repórter Gustavo Vaz, da Agência Estadual de Notícias do Paraná.

https://www.aen.pr.gov.br/Audio/Com-estiagem-agricultura-paranaense-estima-reducao-nas-safras-de-soja-milho-e-feijao