VISITA: Governo do Estado apresenta proposta do Agro Park ao Sistema Ocepar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Na manhã desta quinta-feira (31/08), estiveram na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, os secretários da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Marcelo Rangel, do secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, dos presidentes da Invest Paraná, Eduardo Bekin e da Ceasa, Eder Bublitz quando apresentaram a proposta da criação no Paraná do Agro Park, que tem como objetivo promover, explicar, fomentar e inovar o agronegócio, além de criar um espaço de pensamento crítico e gerar investimentos e governança. Além da criação de uma premiação para as melhores práticas de desenvolvimento no setor.

Iowa - Segundo Bekin, essa ideia surgiu após a missão realizada no mês passado no Estados Unidos, com a participação do governador Ratinho Júnior, quando visitaram o estado de Iowa, localizado numa das principais regiões agrícolas dos Estados Unidos, no chamado cinturão do milho, e tem muitas similaridades com nosso estado. Assim como o Paraná, Iowa é um grande produtor de alimentos e tem o agronegócio como o principal propulsor da economia. É um estado menor que o nosso, com uma população de 3,1 milhões de habitantes, mas que tem um PIB que supera US$ 200 bilhões, baseado principalmente na produção agrícola. Outra semelhança é no trabalho das cooperativas agroindustriais, que investem na diversidade da produção e na industrialização dos alimentos e que responde por 10% da produção de alimentos dos Estados Unidos.

Educação - “Lá em Iowa eles vivem, respiram o agro o tempo todo. Tivemos a oportunidade de visitar a universidade que tem 40 mil estudantes e na grade curricular não existe nada de humanas, apenas ensino para tecnologia, empreendedorismo, aula de negócios. Setor privado investe pesado nas startups e assim conseguem criar um ambiente virtuoso para que o agronegócio se desenvolva junto com o estado”, lembrou Bekin.

Biblioteca e Museu- O presidente da Invest Paraná explica, que ao lado da prefeitura tem uma biblioteca, onde já na entrada, tem painéis e informações sobre as culturas da soja, milho, trigo. Outro salão contando a história do agro. “Neste local, duas vezes por ano acontece um concorrido Congresso onde existe uma premiação chamada de World Food Prize, que reconhece as melhores iniciativas no mundo voltados para o setor. Um dos homenageados com esta premiação foi o presidente Lula, em 2011, quando o então presidente criou o Programa Fome Zero. Tem lá nesta biblioteca/museu uma foto dele com o prêmio”, lembrou.

Pujança - Para Bekin, esta iniciativa de lá pode ser muito bem replicada aqui, em conjunto com o setor produtivo, “para mostrarmos a pujança e a importância que o agro tem na vida das pessoas. Eu mesmo não sabia que o Paraná é o berço do plantio direto. Que temos as mais importantes iniciativas no agro e que hoje servem de modelo para o mundo. Precisamos disseminar isso”, comentou. Segundo ele, o escopo principal deste projeto aqui no Paraná é baseado no trabalho das jovens lideranças para governança, dar valor ao setor e comunicar melhor com a sociedade. Como exemplo, Bekin frisou: “nós não sabemos o que acontece em termos de desenvolvimento e novas ideias aqui no Sistema Ocepar e nas cooperativas. Precisamos trabalhar juntos para que o governo possa ser demandado e possa contribuir diretamente com este setor tão importante e hoje, aqui, está o time que o governador indicou para trabalharmos juntos”.

Parceria – “Este projeto é um grande projeto e uma das prioridades do governo do Paraná. Queremos contar com a participação e apoio do Sistema Ocepar e de suas cooperativas para o Agro Park”, frisou Marcelo Rangel. O secretário lembrou que com o projeto, “é possível transformar as florestas existentes em token digital (certificação). Todo ano o Paraná paga R$ 580 milhões por ano ao governo. Precisamos viabilizar para transformar essas áreas preservadas em áreas digitais. Instituir a preservação digital no Paraná. Hoje nós pagamos, mas amanhã podemos receber. Ações em ESG e outras iniciativas podem ser beneficiadas”, destacou.

Sistema Ocepar– Os secretários foram recebidos pelos superintendentes, Robson Mafioletti, da Ocepar e Nelson Costa, da Fecoopar, além de integrantes da equipe técnica. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que não pode acompanhar a reunião na integra, participou dos momentos finais. Tanto Mafioletti como Nelson, acharam a ideia interessante. “Uma ideia proativa e que pode contribuir para o desenvolvimento do setor. Se hoje o Paraná conta com uma das maiores cooperativas da América Latina é porque lá atrás houve uma visão de futuro e de um árduo trabalho em conjunto, onde se pensou no coletivo.

Diálogo - Por isso é que temos cada vez mais um diálogo aberto com o governo em suas mais diferentes esferas de atuação. e assim temos também nossas parcerias com o governo do estado. Toda semana temos conversado com setores do governo para viabilizar as demandas das nossas cooperativas”, destacou. Costa também disse ser favorável a iniciativa, mas sugeriu que antes, seja levantada todas as outras iniciativas já existentes no Paraná. “Por exemplo, temos alguns modelos no Paraná que é o bioparque, em Toledo, parque de software, em Pato Branco, inteligência artificial em Londrina e outras iniciativas. Primeiro ver o que já existe de experiências acontecendo para não gastar energias e recursos. Somar com essas experiências que já existem e assim todos podem contribuir”, lembrou.

Presenças– Também estiveram presentes nesta reunião no Sistema Ocepar, Paulo Schimidt, da Secretaria Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Marcos Aurélio Pelegrina, coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Giancarlo Rocco, diretor de Relações Internacionais da Invest Paraná e assessores.

Conteúdos Relacionados