ENCONTRO DE NÚCLEOS II: Projetos do PRC200 abrangem representação política, ESG e resolução de conflitos
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Durante o Encontro de Núcleos Cooperativos do Sistema Ocepar da região oeste, na manhã desta quinta-feira (11/11), representantes da entidade fizeram uma explanação sobre o andamento de três projetos do PRC200, o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense. Foram abordados os trabalhos em desenvolvimento nos projetos de Representação Institucional, de Certificação de Cooperativas (ESG+Coop) e da Câmara de Mediação e Arbitragem. O evento do núcleo oeste reuniu 180 participantes, representando 22 cooperativas da região.
Representação - A coordenadora de relações parlamentares da Ocepar, Danielly Andressa da Silva, explicou aos líderes o andamento do projeto de Representação Institucional. “Os objetivos são aperfeiçoar o modelo de representação e defesa do cooperativismo, propondo políticas públicas de interesse do setor”, afirmou. Segundo a advogada, as principais ações necessárias envolvem o programa de educação política, visando a eleição de parlamentares da Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo), com uma atuação integrada entre o Sistema OCB, Ocepar e cooperativas. Outra frente é o acompanhamento do trabalho dos parlamentares do legislativo estadual.
Premissas - As premissas do projeto incluem o incentivo ao voto consciente, a transparência e prestação de contas, informação com diálogo junto à base cooperativista, e o fortalecimento da representação institucional do setor. “É um trabalho pautado na integridade e nos princípios democráticos. Para a realização efetiva do projeto, é imprescindível o engajamento das cooperativas, bem como uma ação articulada entre OCB e Ocepar, com troca constante de informações, valorizando as ações de representação em prol dos interesses do cooperativismo”, ressaltou Danielly.
Certificação - O superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, falou sobre o trabalho desenvolvido para a implantação do projeto de Certificação de Cooperativas (ESG+Coop). Segundo ele, a ideia vinha sendo discutida com lideranças do cooperativismo e foi formulada tendo por base a segurança e solidez do conjunto de dados e informações sobre o setor, obtidos nos últimos 30 anos, por meio das ações de monitoramento e acompanhamento financeiro do Programa de Autogestão das Cooperativas do Paraná. “Agregamos a esse conjunto de indicadores os conceitos de ESG (Ambiental, Social e Governança), que ganhou força no mercado nos últimos anos. Nos inspiramos em questões mercadológicas, mas contemplando a realidade do cooperativismo, para demonstrar à sociedade nossa cultura e identidade, os diferenciais do modelo cooperativista, que já agrega em seu DNA os conceitos de ESG”, disse.
Benefícios estratégicos - De acordo com Boesche, entre as premissas do projeto estão atender as exigências do mercado, por meio de um modelo aderente ao cooperativismo, preparando as cooperativas, e com ações que tenham credibilidade, preservem a individualidade de cada cooperativa e garantam a confidencialidade das informações. “A certificação que vamos desenvolver trará benefícios estratégicos, pois vai fortalecer nossa imagem cooperativista e aumentar a confiança do consumidor. O projeto está pautado em assegurar transparência, melhorar o desempenho financeiro, reduzir custo e desperdício, aprimorar a gestão de riscos e engajar e reter talentos”, enfatizou.
Câmara - Coube ao gerente da Fecoopar (Federação das Cooperativas do Paraná), Anderson Lechechem, tratar sobre o projeto da Câmara de Mediação e Arbitragem. O advogado explicou que a mediação é uma forma de atuar num conflito na qual uma pessoa com formação específica no tema em discussão, trabalha buscando o entendimento entre as partes. “O resultado da mediação pacífica o conflito, mas não impede que o mesmo possa voltar a ser discutido ou analisando em situação futura”, contextualizou.
Objetivos - Conforme Lechechem, por sua vez, a arbitragem é uma forma de conflito onde um árbitro, um especialista, é escolhido para opinar sobre determinado assunto e decidir sobre um conflito. “A arbitragem tem regras claras, sigilo e confere celeridade à resolução das divergências, pois em seis meses o conflito precisa estar resolvido. Além disso, após a resolução do conflito, não há mais que se falar no mesmo, pois as decisões são definitivas”, concluiu. A Câmara de Mediação e Conflito para assuntos cooperativistas tem o objetivo de promover celeridade e redução de custos às cooperativas do Paraná.