DIVERSIDADE E INCLUSÃO: Fórum é o primeiro passo para aprofundar debates e ações acerca dos temas

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Promovido pelo Sistema Ocepar, o 1º Fórum da Diversidade e Inclusão do Cooperativismo Paranaense contou com 173 participantes, na tarde desta quarta-feira (27/04), entre agentes de Desenvolvimento Humano e profissionais de RH, inclusive de outros estados. Transmitido por meio da plataforma Microsoft Teams, a pauta do evento constou da palestra de Gisele Gomes, diretora executiva da Gisele Gomes Co, empresa de consultoria de diversidade nas organizações, do relato de cases e de um painel com Renata T. Fagundes Cunha, consultora em Gestão da Sustentabilidade, Diversidade e Inclusão do Serviço Social da Indústria (Sesi) no Paraná, Mariana Gulin, coordenadora na GD9 assessoria em RH e membro do Comitê de Diversidade e Inclusão da GD9, e de Suzane de Almeida, secretária executiva da Central Sicredi PR/SP/RJ e coordenadora voluntária do Comitê de Inclusão & Diversidade desta instituição cooperativa. A abertura do fórum foi feita pelo superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche.

Relevante – Segundo Boeche, diversidade e inclusão são temas importantes e que merecem muita atenção de todos, incluindo o sistema cooperativista. Tanto que faz parte do PRC200, o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense, no Projeto 8, que trata do desenvolvimento profissional e cooperativo. Os temas diversidade e inclusão foram propostos pelas cooperativas como itens relevantes a serem incluídos entre as propostas do planejamento, segundo ele.  “Quando iniciamos essa discussão, como o proposto neste fórum, significa que estamos em busca de um caminho mais sólido para a convivência, para diminuir um pouco a intolerância que, muitas vezes, percebemos no mundo. E a diversidade é um caminho para o desenvolvimento. E principalmente no cooperativismo, que tem como um dos propósitos contribuir para a construção de um mundo melhor e igualitário”, conceituou.

Princípios - Boesche lembrou ainda que diversidade e inclusão permeiam a origem do cooperativismo, tanto que estão contemplados no primeiro dos seus princípios, sobre a adesão livre e voluntária, que esclarece que as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas e religiosas.  “É, portanto, o princípio da igualdade”, acrescenta, lembrando que o 1º Fórum da Diversidade e Inclusão do Cooperativismo Paranaense, contribuirá para entender qual “será o próximo passo para dar continuidade a esse trabalho”. 

Conceitos - Em sua palestra, Gisele Gomes destacou que a inclusão implica em valorizar as diferenças e entender o que cada pessoa pode contribuir em diversas esferas decisórias, ou seja, todos podem contribuir para o processo em que estão envolvidos, tanto no ambiente corporativo como social.  É um tema amplo que tem de ter continuidade e citou o fórum como um momento histórico para fomentar a discussão e busca de propostas e ações sobre diversidade e inclusão nas cooperativas. Conceitualmente, diversidade diz respeito ao “conjunto de características que nos tornam pessoas únicas”. Gisele cita outro conceito, como sendo “imperativo moral e ético da extensão de todas as dimensões da cidadania para todas as pessoas. Contudo, muitas vezes a diversidade não encontra caminhos para se expressar e se constituir como identidade social, como condição cidadã”.  

Efetivo - Gisele, que também é doutoranda em Diversidade e Inclusão pela Universidade Feevale, do Rio Grande do Sul, disse ainda que inclusão significa valorizar as diferenças, afinal cada um pode contribuir, permeando todas as esferas dentro de uma organização, inclusive nas decisórias, nos cargos e liderança. Neste sentido, lembrou a citação da advogada e ativista norte-americana Vernã Myers: “Diversidade é convidar para festa, inclusão é tirar para dançar.” E disse que a atenção ao tema se inicia mesmo nos processos seletivos das organizações que precisam ser mais inclusivos, “para promover a diversidade”. Ter mais pessoas de grupos minorizados no quadro funcional, segundo ela, vai muito além que cumprir regras. “A diversidade também está ligada à sustentabilidade, não só no viés ambiental, mas à agenda social e de governança”, pontuou.

Sicredi - Suzane de Almeida, coordenadora voluntária do Comitê de Inclusão & Diversidade da Central Sicredi PR/SP/RJ, ao relatar o trabalho desenvolvido na cooperativa, lembrou que as ações começaram a ser desenvolvidas em 2017, com foco na valorização e respeito às diferenças, ou seja, desenvolver uma cultura de trabalho mais inclusiva e humana, para “construirmos juntos uma sociedade mais próspera”.  Signatária Pacto Global da ONU, dentro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, a ação da Central extrapola o ambiente de trabalho e contempla ações junto aos associados e sociedade.

Fiep - Por sua vez, Renata T. Fagundes Cunha, consultora em Gestão da Sustentabilidade, Diversidade e Inclusão do Serviço Social da Indústria (Sesi), relatou o trabalho que a entidade desenvolve visando à inclusão de integrantes de grupos minorizados no mercado de trabalho, “em busca de um mundo mais inclusivo e equitativo”. Segundo ela, “não há como prosperar se ao nosso redor há um grande desequilíbrio, pois, se há exclusão, não há prosperidade. É preciso haver engajamento tanto das pessoas como das organizações”.

GD9 - A coordenadora na GD9 Assessoria em RH e membro do Comitê de Diversidade e Inclusão da GD9, Mariana Gulin, citou os vários trabalhos que são desenvolvidos junto a diversas empresas em vários estados, com resultados bastante positivos. Citou, por exemplo, o 1º Encontro de Diversidade e Inclusão, realizado em março último, que reuniu  200 talentos e diversas empresas, que estavam em busca de funcionários. “O resultado foi muito bom, pois vários dos talentos foram contratados ainda durante o evento”, contou.

Presentes - Pelo Sistema Ocepar, ainda participaram do evento, a gerente de Desenvolvimento Cooperativo, Maria Emilia Pereira Lima, coordenadores e analistas técnicos.

Áudios Clique nos links abaixo e ouça os áudios sobre o evento produzidos pelo jornalista Alexandre Salvador para a rádio Paraná Cooperativo.

Leonardo Boesche, superintendente do Sescoop/PR

Gisele Gomes, diretora executiva da Gisele Gomes Co

Renata Fagundes Cunha, consultora em Gestão da Sustentabilidade, Diversidade e Inclusão do Sesi/PR

Mariana Gulin, coordenadora da Assessoria em RH e Membro do Comitê de Diversidade e Inclusão da GD9

Suzane de Almeida, coordenadora voluntária do Comitê de Inclusão & Diversidade da Central Sicredi PR/SP/RJ

 

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