Comitê consultivo do PRC300 realiza 6ª reunião com representantes de cooperativas
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A tarde dessa quinta-feira (04/12) foi momento de ouvir experiências de sucesso na execução de projetos do PRC300, que é o Plano Paraná Cooperativo, nome dado ao planejamento estratégico do cooperativismo paranaense, que visa alcançar o faturamento anual de R$ 300 bilhões. Mais de 50 representantes de cooperativas do estado participaram do encontro, realizado de forma online.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, abriu a reunião falando sobre a importância de planejar ações. “Se tem algo que diferencia o cooperativismo paranaense desde o início é o foco em planejamento”, afirmou. Ricken destacou a importância de pensar soluções em conjunto. “Temos que ter modelos de aliança entre nós, pra que a gente mantenha nossos valores. Temos que ter valores no fornecimento e na comercialização. Tem espaço para todo mundo. Vamos discutir para achar soluções para problemas que a gente tem”, analisou.
O superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, também agradecer a presença de todos e destacou a relevância da troca de experiências em busca do crescimento do cooperativismo.
Cases de sucesso
O analista de desenvolvimento técnico da Ocepar, Salatiel Turra, explicou que o encontro foi pensado para apresentação de cases de sucesso de cooperativas. Seis representantes foram convidados para contar detalhes de atividades desenvolvidas dentro de projetos do PRC300 nas áreas de formas de financiamentos para o cooperativismo, inovação e defesa do Ato Cooperativo e Reforma Tributária.
Financiamento para o Cooperativismo (Projeto 6 PRC300)
O gerente de desenvolvimento técnico da Ocepar, Flávio Turra, iniciou a apresentação sobre o tema Formas de Financiamento para o Cooperativismo. “É um assunto bem importante. No cooperativismo paranaense, temos demanda de mais de R$ 9 bilhões para investimentos. É importante que as cooperativas tenham taxa de juros acessível para viabilizar projetos e não criar inadimplência”. Turra comentou sobre pedidos recorrentes da Ocepar ao governo do estado por acesso a mais recursos e sobre a criação do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro (FIDC Agro Paraná).
Marcelo Riedi, representante da C.Vale, e Moacir Niehues, representante do Sicredi Vale do Piquiri, contaram sobre o acesso a valores do FIDC para realizar investimentos que já possibilitam aumento de produção e devem aumentar ainda mais a capacidade produtiva da cooperativa agropecuária.
Inovação no Cooperativismo (Projeto 19 PRC300)
O segundo tema do encontro foi apresentado pelo gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leandro Macioski. “Nós temos dois objetivos: disseminar a cultura da inovação e criar um ecossistema de inovação do cooperativismo. Nosso programa já formou mais de 1.500 pessoas. Queremos conectar empresas e cooperativas, envolver vários atores, para que todos nos ajudem a colocar em prática a inovação”, analisou.
Após, houve apresentação de dois cases. O primeiro foi demonstrado por Vitor Sanches de Souza, da Unimed Regional Maringá, contando sobre projetos implantados na cooperativa. O segundo foi realizado por Luan Vitor Quiarato Gregoris, do Sicoob Maringá, também demonstrando como a inovação tem sito motor de transformação na cooperativa de crédito.
Defesa do Ato Cooperativo e Reforma Tributária (Projeto 1 PRC300)
O coordenador jurídico e tributário da Ocepar, Rogério Croscato, apresentou o terceiro e último tema do encontro. “Esse é um tema muito pertinente para as cooperativas. Ainda no PRC10, nós levamos propostas ao governo do estado para demonstrar a necessidade de realizar créditos tributáveis, especificamente de ICMS das cooperativas. Forma propostas construídas em conjunto com as cooperativas. Daí surgiram algumas oportunidades, como o Programa Paraná Competitivo, por exemplo”, pontuou.
Croscato complementou dizendo que é muito importante que exista o diálogo entre os representantes das cooperativas para compreender as necessidades e desenvolver propostas de melhores condições para todos.
Os cases sobre Defesa do Ato Cooperativo e Reforma Tributária foram apresentados por Marcos Alessandro, da Copacol, e Clédio Marschall, da Lar.