USDA eleva projeção da safra de soja no Brasil
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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou, em seu relatório de fevereiro, a projeção para a safra de soja do Brasil. Segundo o USDA, os brasileiros deverão colher 61 milhões de toneladas, contra 60 milhões de toneladas da estimativa anterior. Para a Argentina, manteve a projeção de safra de 36,5 milhões de toneladas. A justificativa do USDA para elevar a projeção brasileira está ligada ao clima. Na avaliação do departamento, as chuvas no sul do país deverão elevar a produtividade na região. O relatório mostra, segundo o assessor técnico da Ocepar, Robson Mafioletti, "que o USDA entende pouco de agricultura brasileira, pois, somente no Paraná há expectativa de redução de produção de mais de 6%, e eles continuam aumentando as estimativas de produção, buscando deprimir os preços justamente no período da colheita da safra na América do Sul".
A soja no mundo - A produção mundial foi elevada de 198,73 milhões de toneladas para 199,73 milhões de toneladas, por conta da elevação estimada para o Brasil. Os estoques finais mundiais subiram de 35,98 milhões para 37,47 milhões de toneladas. O quadro de oferta e demanda do Brasil indica esmagamento de 31,61 milhões de toneladas e exportações de 26,7 milhões de toneladas. Os estoques finais brasileiros estão agora projetados em 15,46 milhões de toneladas. Em relação à China, maior importador mundial da oleaginosa, o USDA manteve a estimativa de produção em 16,2 milhões de toneladas. As importações foram mantidas em 23 milhões/toneladas. O Departamento manteve inalterado o quadro de oferta e demanda mundial norte-americano para 2003/04, confirmando as expectativas do mercado de que este relatório de fevereiro não traria grandes alterações.
Preços
- O USDA projeta preços entre US$ 6,95 e US$ 7,55, contra intervalo
entre US$ 6,90 e US$ 7,60 projetados em janeiro. Segundo o departamento, apesar
do bom ritmo dos embarques norte-americanos até aqui a competição
com a América do Sul e o quadro apertado para o abastecimento interno
deverão limitar as exportações. Por isso o número
foi mantido.