Suinocultura: Crise sem precedentes no noroeste do estado

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A suinocultura enfrenta uma crise sem precedentes no Noroeste do estado, com produtores abandonando a atividade para fugir dos prejuízos diários. Na região de Maringá, metade dos criadores já desativou suas granjas e quem insiste em desafiar a crise se vê obrigado a abater matrizes e filhotes recém-nascidos porque não pode comprar ração para alimenta-los. Em algumas granjas, há porcos passando fome ou sendo alimentados com capim. A Associação dos Suinocultores de Maringá estima que, nos últimos seis meses, metade das 8 mil matrizes já foi abatida e mais de 100 granjas fechadas na região. Tudo porque o preço da carne não acompanhou a alta dos preços do milho e da soja – responsáveis por 80% dos custos de produção. “Hoje, o produtor gasta entre R$ 1,70 e R$ 1,90 para produzir um quilo de carne, mas os frigoríficos pagam, no máximo R$ 1,50 pelo quilo vivo”, compara o especialista Bruno Wernick, que presta assessoria veterinária a suinocultores do eixo Maringá-Londrina.

Campanha – Será lançada amanhã (19/11), em Curitiba, uma campanha para incentivar o consumo da carne suína no estado. Ela está sendo promovida pela Associação Paranaense de Suinocultura (APS), Sindicato da Indústria da Carne e Derivados do Paraná (Sindicarne-PR), Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O objetivo da campanha “Carne Suína – Sabor e Saúde” é desfazer o preconceito que o público tem do produto. Segundo pesquisa, os brasileiros apreciam o sabor, mas acreditam erroneamente que o alimento faz mal (35%) e que possui muita gordura e colesterol (55%). Mas, ao contrário do pensa a maioria da população, os produtores afirmam que é um alimento saboroso e saudável. (Fonte: Gazeta do Povo).

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