SEGURANÇA ALIMENTAR: Países devem adotar ações para garantir a estabilidade de mercado

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"Não se pode prever uma outra crise de estoques mundiais de alimentos como ocorreu em 2007-2008, mas os governos, e particularmente os países do G20 devem tomar ações para assegurar maior estabilidade de mercado no curto e médio prazos". Isto é o que afirma Hafez Ghanem, assistente da Direção Geral para Desenvolvimento Econômico e Social da Organização Mundial da Agricultura (FAO-ONU), em artigo publicado no último dia 7 de setembro, no site da FAO. De acordo com Ghanem, o mundo está colhendo a terceira maior safra mundial de todos os tempos, por isso, apesar da seca na Rússia, não há motivos para preocupação no curto prazo. Entretanto, é provável que o mercado fique mais volátil nos próximos anos devido a três fatores: a) crescente importância dos produtores de cereais do mar negro, onde há uma flutuação na colheita; b) aumento de eventos climáticos extremos; c) crescente importância de atores não comerciais nos mercados de commodities. Assim, a FAO marcou uma sessão de emergência do grupo intergovernamental em grãos no dia 24 de setembro para discutir as medidas que estão sendo tomadas pelos governos nacionais para mitigar crises de oferta, falar sobre a situação atual de produção e de previsões de curto prazo.

Investimentos - Segundo Gahnem, "a chave para a segurança alimentar no longo prazo está no investimento no setor de agricultura em países em desenvolvimento para que eles possam produzir alimentos excedentes necessários para a população mundial, que deve alcançar 9 bilhões em 2050." Aqui vale menção ao relatório publicado pelo banco mundial, também no dia 7 de setembro. Segundo o relatório há uma onda de aquisições de terras de países que querem garantir a sua segurança alimentar. De acordo com o relatório, a situação é mais preocupante na África, devido as ondas de aquisições internacionais em países como Cambodia, Etiópia, Liberia, Moçambique, Nigéria e Sudão. Entretanto, países como o Brasil e Argentina figuram também como destinos desse tipo de investimento internacional. O principal atrativo desses países seria a produção de grãos. (ver relatório completo em inglês)

Brasil - No Brasil, o um parecer jurídico da Advocacia Geral do União de 24/8 sinaliza intenção do governo em restringir a aquisição de terras por estrangeiros no país.  (Compilação e tradução: Gilson Martins, Getec/Ocepar)

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