Secretaria da Agricultura cumpre seu dever

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Por Orlando Pessuti (*)

Durante a 11ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (CONESA), realizada nesta quarta-feira (07) no anfiteatro da Secretaria da Agricultura (Seab), em Curitiba, expusemos aos membros do Conesa todas as ações desenvolvidas pela Secretaria, desde o dia 09 de outubro/05, com referência à febre aftosa no Mato Grosso do Sul e à suspeita no Paraná.

Participaram da reunião, representantes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite), Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne), Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec) e de outras entidades do CONESA.

Considerando essas ações, ficamos surpresos nesta quinta-feira (8), quando lemos em diferentes jornais a nota da Faep "Aftosa no Paraná: produtores querem solução". Pois, em conjunto com as entidades que formam o Conselho, nós temos buscado, de forma incansável, soluções para o problema. A Secretaria nunca foi morosa e nunca teve dúvidas em relação às medidas adotadas, já que todas as medidas foram tomadas após consulta a essas entidades. Isto é, todas a ações praticadas, até o presente momento, foram com apoio e concordância das entidades que integram o CONESA.

Quanto aos prejuízos econômicos causados aos produtores do Paraná, consideramos a afirmação verdadeira, porém rebatemos afirmando que a causa desses prejuízos não foi o anuncio das suspeitas de enfermidade vesicular no Paraná. Mas sim, a existência comprovada de focos de febre aftosa no vizinho Estado do Mato Grosso do Sul, desde o início de outubro deste ano, com reflexos diretos nas diferentes cadeias produtivas da agropecuária paranaense e brasileira.

Deixamos claro que todas as medidas, adotadas em conjunto com as lideranças do agronegócio paranaense, foram no sentido de evitar o agravamento da situação. O anúncio sobre suspeitas de doenças é um procedimento normal. É isso que acordos e normas da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal), do Ministério da Agricultura e das Leis nacionais e estaduais estabelecem que seja feito. Caso a Secretaria da Agricultura não tivesse comunicado imediatamente a suspeita às autoridades federais, os prejuízos poderiam ser maiores, não só para os produtores do Paraná, mas para todo o País, já que somos uma unidade da Federação e não um ente isolado. Daí, o dever e a responsabilidade de proceder de forma ética, clara transparente e respeitosa com a sociedade civil do Paraná e do País.

Vamos prosseguir com todos os esforços e, nos próximos dias, estaremos nos reunindo novamente com o CONESA para avaliação e tomada de decisão.

Curitiba, 09 de dezembro de 2005.

(*) Orlando Pessuti é vice-governador e secretário da Agricultura do Estado do Paraná. Também é o presidente do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa).

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