SANIDADE ANIMAL: Fantasma da aftosa já pode ser afastado

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Há exatos 180 dias, o Paraná encerrava o abate dos 1.728 animais da Fazenda Alto Alegre, em Loanda (Noroeste), pondo fim ao sacrifício de um total de 6.781 bois supostamente contaminados pela febre aftosa no Estado. Isso significa que, a partir deste domingo (24/09), o Paraná pode finalmente buscar o reconhecimento de “área livre de aftosa com vacinação”, junto à Organização Internacional de Epizootias (OIE). A recuperação desse status – que o estado manteve por cinco anos – deve facilitar o trabalho de reconquista dos clientes internacionais perdidos nos últimos onze meses. Desde 10 de outubro de 2005, quando foram confirmados focos de aftosa em Mato Grosso do Sul – 11 dias depois o Paraná notificou suspeitas da doença –, os produtores paranaenses deixaram de exportar US$ 289 milhões em carne de boi, porco e frango, em função de embargos decretados por 56 países. Pelo câmbio de ontem, o valor equivale a R$ 635,8 milhões. Os cálculos são do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne).

Mercado - Mas a recuperação do mercado perdido ainda pode demorar mais um pouco, por conta de pendências entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Antes de enviar à OIE o dossiê que relata todas as providências tomadas desde os primeiros casos da doença, o Mapa precisa liberar 95 fazendas que permanecem interditadas na região de Loanda. Somente após avaliar o dossiê é que a OIE decidirá se concede ou não o status de área livre ao estado. A próxima reunião extraordinária da organização será realizada neste mês, mas dificilmente o caso paranaense será avaliado a tempo. O problema é que, a cada dia que passa, o Paraná deixa de exportar US$ 855 mil (R$ 1,88 milhão), segundo estimativa do Sindicarne. O secretário nacional de Defesa Agropecuária, Gabriel Maciel, disse neste sábado (23/09) que as propriedades interditadas devem ser liberadas “em breve”. (Tudo Paraná)

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