SAFRA DE VERÃO: Soja pode voltar a ser um bom negócio na região da Cocamar já em 2007

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Uma boa surpresa espera pelo produtor de soja que vai fazer as compras de insumos para o plantio da safra de verão 2006/2007. Depois de quase três anos amargando uma crise que parecia interminável, ele vai investir na cultura, confiando que poderá voltar a ter lucros. Acostumado a olhar principalmente para os preços de venda da produção – que, segundo os entendidos, devem continuar baixos em reais por mais uma temporada – o sojicultor não imaginava que sua atividade seria favorecida, desta vez, por uma substancial redução em praticamente todos os itens que compõem a planilha de custos de produção. Segundo avaliação feita pela Cocamar, em cuja região devem ser plantados 107 mil alqueires de soja nos meses de outubro e novembro, o produtor que obtiver uma produtividade de 2.800 quilos/ hectare ou 113 sacas/ alqueire, terá um custo médio de produção de 52,9 sacas/alqueire, entre serviços, insumos, juros, impostos e transporte externo. Este custo significa o desembolso direto relacionado com a produção e representa 26% a menos que as 71,8 sacas que compuseram o custo para o mesmo volume de produção na safra passada.

Média histórica - O engenheiro agrônomo Antonio Sacoman, coordenador técnico de produção de grãos da cooperativa, ressalta que os custos de produção da soja estão retornando à média histórica (veja gráfico na página 6). Assim, mesmo que os preços da commodity não sejam tão atraentes como há alguns anos, o agricultor que chegar àquela média de 113 sacas/alqueire conseguirá lucrar bem, diante do custo de 52,9 sacas/alqueire. O saldo de 60,1 sacas por alqueire, se vendido pelo preço entre R$ 25,50 e R$ 26,50 para abril do próximo ano, proporcionará um resultado líquido entre R$ 1.532,55 e R$ 1.592,65/ alqueire. Nada mau para quem, até bem pouco tempo, acreditava que ganhar dinheiro com soja era coisa do passado. Esse nível de preço já é possível de ser fixado pelo produtor, uma vez que o bushel de soja na bolsa de futuros de Chicago tem sido negociado nos últimos dias a um patamar médio de US$ 6,20 para entrega em abril, enquanto o dólar hoje é negociado a R$ 2,30 para o mesmo período. Logicamente estes números sofreram alterações conforme o desenvolvimento da safra nos EUA, área de plantio no Brasil e também em relação aos indicadores internos, o que faz com que o produtor tenha muita atenção sobre os mesmos.

Tecnologia - Sacoman enfatiza, no entanto, que o produtor precisa investir em tecnologia para garantir produtividade. Se ele chegar a 140 sacas por alqueire – volume comum na região quando o tempo é mais favorável - o custo médio será de 63 sacas, o que resultará em uma sobra de 78 sacas por alqueire. Neste caso o resultado pula para R$ 2.067,00/alqueire, ou seja, 30% a mais que no primeiro caso, com investimento de apenas 19% a mais. “Levando em conta a tecnologia empregada e também a normalidade do clima, a soja apresenta potencial genético de produtividade superior a 150 sacas por alqueire”, completou o coordenador. (Imprensa Cocamar)

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