Quebra na produção de ameixas

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Não foram só as grandes culturas que sofreram com o clima este ano. Em Mauá da Serra, a queda na produção de ameixas pode chegar a 70% por causa da estiagem e da falta de frio, que afetaram a florada e brotação dos pés. A ameixa passa por um período de dormência antes de iniciar o período produtivo. Essa fase de repouso vai de maio a junho e o ideal é que a planta passe por um período de 200 horas em temperaturas abaixo de 7º para que se tenha uma boa florada. Mas, este ano, o frio não foi tão intenso em Mauá da Serra e as duas espécies plantadas na região, Reubennel e Irati, sofreram um descontrole da floração e o resultado vai ser uma produção bem abaixo do esperado. “Uma espécie precisa da outra para haver a polinização da planta. Por isso, é fundamental que as duas espécies florem ao mesmo tempo para haver essa fecundação cruzada”, explica o coordenador técnico da Cooperativa Integrada, Aderson Tokushima. Como o frio foi menor que o necessário, essa floração foi prejudicada.

Insucesso - O produtor Hiroshi Kamiguchi, este ano está desanimado com a produção de sua área, de um hectare. “No ano passado, produzi 23 toneladas de ameixa. Este ano, não deve passar de 12 toneladas”, lamenta. “No caso da variedade Reubennel, ainda vamos colher alguma coisa. Mas na variedade Irati a quebra vai ser grande”, informa Kamiguchi. O único consolo do produtor é com relação ao preço, já que o problema também foi sentido em outras regiões produtoras. “Como a produção deve cair em todo o Estado, minha esperança é que a falta de oferta resulte em melhores preços”, espera Kamiguchi. Na propriedade de Kenji Tanizaki, de três hectares, a produtividade não deve ultrapassar quatro toneladas por hectare, mesmo com o todo o esforço para fazer nascer o maior número possível de frutas. “Tentamos coleta de pólen manual, fecundação artificial, irrigação com mais de 140 mil litros de água e nada deu resultado”, relata o produtor. A quebra na produtividade das ameixas, da espécie Reubennel deve chegar a 70% e, da espécie Irati, deve superar 90%. (Imprensa Cooperativa Integrada)

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