PSICULTURA: Produção de peixe ganha impulso no norte do Paraná

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A abertura de dois novos frigoríficos para comercialização de peixes deve potencializar a piscicultura no Norte do Paraná em 2011. Com as obras em Cornélio Procópio e Alvorada do Sul previstas para serem finalizadas no próximo ano, a cadeia de produção ganhará impulso, atingindo uma capacidade total de abate de 12 toneladas/dia por turno nas duas instalações. Esse foi um dos temas discutidos durante a Confraternização dos Amigos do Peixe, promovida pela Associação Norte Paranaense dos Aquicultores (Anpaqui) na última semana. Durante o evento foram realizadas palestras direcionadas aos produtores, discussão de assuntos relacionados à atividade e a tradicional janta com diversos pratos à base de peixe.

Produção - Com 126 membros e atingindo cerca de 30 municípios na região e duas cidades no estado de São Paulo, a Anpaqui produziu, em 2010, 4,5 mil toneladas de peixe entre tanques-rede e tanques escavados, atingindo uma média mensal de 374,6 toneladas. Na região, há dois frigoríficos privados em funcionamento: um em Londrina, com capacidade de abate de 2 toneladas/dia, e outro em Rolândia, com potencial de abate de 5 toneladas/dia. ''Os dois novos frigoríficos devem trazer maior tranquilidade ao setor. Precisamos de um mercado seguro, com toda a cadeia fechada'', explica Luis Henrique Fernandes, vice-presidente da Anpaqui.


Compra conjunta - Para Petra Maria Wagner, presidente da entidade, um dos grandes objetivos da Anpaqui para 2011 é fazer a compra conjunta de insumos para todos os piscicultores. Durante a produção, o custo com rações chega a representar 70% de todo o investimento. Só a Anpaqui consome 7,6 mil toneladas de ração por ano. ''Vamos fechar melhores preços com as indústrias parceiras para diminuirmos nossos custos'', avalia a presidente. Outra novidade é a construção, em Londrina, do Centro de Treinamento de Aquicultura, Pesca e Cozinha Escola de Produtos à Base de Peixe. Uma verba de R$ 400 mil está prestes a ser liberada pelo Ministério de Pesca e Aquicultura para a cidade. ''A expectativa é que o recurso saia ainda esse ano. Com os frigoríficos surgindo com força, a produção certamente vai aumentar. O crescimento está na ordem de 30% ao ano no País'', calcula Ricardo Neukirchner, vice-presidente da Associação Nacional de Aquicultura.

Consumo - A ideia da diretoria da Anpaqui é fomentar o consumo do produto, que no Paraná é de 9 kg por pessoa ao ano. ''Os consumidores têm que criar o hábito de se alimentar com peixes. Muitos não sabem onde comprar e não tem facilidade para preparar os pratos. Por isso a importância desse incentivo'', ressalta Petra. Neukirchner complementa dizendo que o Brasil reúne diversas condições favoráveis para a piscicultura. ''Temos recursos hidrícos, clima favorável, mão de obra barata e o menor custo de ração do mundo. O que falta mesmo é o País despertar para a atividade'', finaliza. (Folha de Londrina)

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