PR: ferrugem asiática deixa produtores de soja em alerta

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Plantada até o final de novembro, principalmente, a cultura da soja já começa a deixar os produtores em alerta. Isso porque foram identificados, até agora, 27 pontos em 15 municípios onde a ferrugem asiática da soja já incidiu. O levantamento é da Fundação ABC, que realiza um projeto de monitoramento da ferrugem asiática através de áreas cultivadas especialmente para a identificação da doença, chamadas de áreas de monitoramento. O projeto serve de alerta aos produtores, embora em algumas áreas comerciais a doença também já tenha sido identificada. Ao todo, através do sistema, foram verificadas 15 áreas de monitoramento com a doença, nove comerciais, duas em hospedeiros e um novo foco.

Risco - A Fundação implantou por volta de 33 áreas de monitoramento, que são cultivadas em torno de 15 a 30 dias antes do plantio normal da cultura, com o objetivo de identificar antecipadamente a emergência da ferrugem. “Isso mostra que a doença está presente e serve como um alerta, porque quando as plantas [de áreas comerciais] estiverem nessa fase, vai aparecer a doença. Tendo condição climática e soja na fase mais propícia, a doença vai aparecer”, diz José de Freitas, um dos coordenadores do projeto. Ele explica que o aparecimento da ferrugem nessas áreas de monitoramento é um indicativo bastante forte de que toda a região pode ser contaminada. Conforme Freitas, para a realização do projeto, as áreas são verificadas uma vez por semana para identificar a doença. Caso a ferrugem esteja presente, as áreas são tratadas com fungicida. Ele explica que a identificação precoce da ferrugem asiática proporciona mais eficácia no tratamento, principalmente pelo fato de a doença ser bastante agressiva.

Focos - Freitas esclarece que neste ano a doença apareceu mais cedo que no ano passado. Em 2004, foram identificados focos entre o final de dezembro e início de janeiro. Na região mais próxima a Ponta Grossa – a Fundação implantou áreas de monitoramento em quatro municípios de São Paulo e 11 do Paraná -, o município de Castro é o que mais casos da doença apresenta. São sete focos da ferrugem em hospedeiros (plantas de soja que nascem naturalmente, sem necessidade de haver plantio, à beira da estrada, por exemplo), além de um caso em área monitorada. Em Carambeí, foi registrado apenas um caso, em área monitorada. Há ainda casos em Imbaú (um em área monitorada e o segundo em área comercial), Ortigueira (um em monitorada e outro em lavoura comercial), Jaguariaíva (em área monitorada um caso) e Arapoti (área monitorada). (Diário dos Campos)

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