PÂNICO NA BOLSA

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A bolsa de mercadorias de Milão (Itália) registrou um início de pânico, com onda de vendas, títulos suspensos e ações com queda de até 50% no seu valor. ?Balançam as bolsas em todo o mundo?, afirma o jornal Corriere dela Sera, em seu site na Internet. O mercado de ações mostrou-se em queda, especialmente no setor de novas tecnologias, com baixas de até 50% no valor de alguns títulos. Entre as ações das principais empresas italianas, as da Tiscali (telecomunicações) caíram 9,77%; Telecom 5%; Olivetti 7%; Fiat 7%; e Generali (seguros) 4,5%. Enquanto isso, o Euro estava em forte aumento, valendo 0,9331 sobre o dólar.

Queda na bolsa americana - As Bolsas norte-americanas continuavam operando com forte instabilidade mesmo após o corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros do país promovida pelo Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA). A taxa caiu dos 3,5% anteriores para 3% ao ano. Às 13h40, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York operava em queda de 5,56% aos 9.071,52 pontos. O S&P-500 - que reúne as 500 principais empresas do país - também tem desvalorização e registra declínio de 3,87%, somando 1.050,25 pontos. Na Bolsa eletrônica Nasdaq, a queda é de 5,12%, para 1.608,58 pontos. O barril do petróleo foi cotado US$ 28,63, queda de 2,72% em Londres.

Impactos no mercado serão por pouco tempo ? O articulista Mark Hlbert, do New York Times News Service, afirma hoje que ?por mais terríveis que tenham sido os atentados da última terça-feira, eles provavelmente não terão um impacto duradouro, em nível geral, sobre as bolsas de valores?. Essa avaliação é fruto de estudos sistemáticos dos mercados de ações, incluindo um que é bastante citado, publicado em 1989 no "Journal of Portfolio Management". O estudo foi escrito por três economistas - Lawrence H. Summers, James M. Poterba e David M. Cutler. (Summers, que desde então já ocupou o cargo de secretário do Tesouro, é atualmente diretor de Harvard). Eles descobriram que existe "um efeito surpreendentemente pequeno das notícias não econômicas" sobre as bolsas de valores. Para chegar a essa conclusão, os professores se concentraram em grandes eventos não econômicos ocorridos nas últimas cinco décadas. Os professores descobriram que houve um impacto muito modesto sobre a bolsa de valores no primeiro dia de operações que se seguiu a cada uma das 49 crises. A oscilação percentual média absoluta do índice de ações Standard & Poor 500 (ou do S&P composto, como era conhecido) foi de apenas 1,46%. Considerando-se que a média de todos os outros dias entre 1941 e 1987 foi de 0,56%, o efeito conjunto dos maiores eventos não econômicos foi acrescentar uma média de menos de 1% à volatilidade de um dia do mercado.

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