Os campeões de produtividade de soja da safra 2023/24 na Cocamar

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A Cocamar apresentou na manhã de sexta-feira (23/08), durante evento na Associação Cocamar em Maringá, os vencedores do 13º Prêmio de Super Produtividade de Soja e do 5º Prêmio Colher Mais, referentes à safra de soja 2023/24, sendo este último realizado em parceria com a empresa Timac Agro.

Consolidado

Ao abrir a solenidade, o presidente executivo da cooperativa, Divanir Higino, destacou que toda iniciativa que sai da fase de projeto e se torna um programa, caso do Prêmio de Super Produtividade de Soja, está consolidado pelos resultados que apresenta. “É preciso fazer mais do mesmo”, resumiu, ao assinalar que hoje não é mais possível ao produtor crescer expandindo suas áreas, mas investindo no aumento da produtividade.

Há alguns anos, segundo Higino, quando a cooperativa lançou o desafio aos cooperados de alcançarem a média de 100 sacas por hectare, nem todos acreditaram que seria possível. “O aumento da produtividade é a garantia da sustentabilidade”, comentou, ao lembrar que a resiliência na atividade pode ser alcançada, em parte, com um adequado manejo do solo e o investimento em tecnologias que estão disponíveis para o produtor ter a garantia de que vai ter uma boa colheita, caso da irrigação.

 “Precisamos sair do baixo patamar de 54 sacas por hectare”, ressaltou, fazendo referência à média comum nas regiões da cooperativa (equivalente a 130 sacas/alqueire), insistindo: “o caminho para a sobrevivência do produtor está no aumento da produtividade”. 

Caminho certo

“A busca pela superação dos desafios nos dá a certeza de que estamos no caminho certo nessa parceria com a Cocamar. Em um ano tão difícil é com satisfação que estamos aqui para celebrar os resultados”, disse a diretora comercial da empresa Timac Agro, Paula Sasso, acrescentando ser necessário, agora, expandir essas experiências e tecnologias.

Em relação ao Super Prêmio de Produtividade de Soja, Safra 2023/24, realizado pela Cocamar, o gerente técnico Rodrigo Sakurada lembrou que a agricultura regional enfrentou temperaturas elevadas e após um período de chuvas praticamente normais até meados de dezembro, a seca e o calor intenso acabaram prejudicando a produtividade da maior parte das lavouras na reta final do ciclo.

Arenito

O vencedor na categoria Arenito, Avelino Taube, de Querência do Norte, obteve a média de 81 sacas por hectare (196 sacas em alqueire paulista, a medida mais comum entre os produtores do norte e noroeste paranaenses, que equivale a 2,42 hectares). Ele recebeu assistência técnica do engenheiro agrônomo Rubens Adriano da Silva, da unidade local da cooperativa.   

Nessa categoria, o primeiro lugar ficou com o cooperado Marcos Aparecido Liberali, de Lobato, com a média de 89,3 sacas/hectare (216,3/alqueire).

Por fim, o campeão nessa categoria foi o cooperado Luciano Surek, de Arapongas, que registrou a média de 95 sacas/hectare (229,9/alqueire), sob a assistência técnica do engenheiro agrônomo Felipe Rafael Sembarski, da cooperativa.

Foram, em resumo, 321 concorrentes, com 64 áreas auditadas e 12 com média acima de 82,6 sacas/hectare (200/alqueire) e média geral de 75 sacas/hectare (182/alqueire). No histórico dos 13 anos de realização do concurso, houve um ganho de produtividade de 22,3 sacas/hectare (ou 54 sacas/alqueire) em relação à média nacional.    

Viagem aos EUA

Além de troféus, os produtores e técnicos foram premiados com uma viagem a ser realizada no próximo ano aos Estados Unidos, onde vão cumprir agenda em propriedades, cooperativas, instituições e uma ida à Farm Progress Show, uma das principais vitrines tecnológicos para a agricultura em todo o mundo.

Quanto ao Prêmio Colher Mais, que contou com 159 inscritos na safra 2023/24, o ganhador na categoria Acima de 550 metros de altitude foi o cooperado Valdir Waldrich, de Arapongas, que colheu a média de 73,5 sacas por hectare na área do concurso (178 na medida em alqueire), com a assistência técnica do engenheiro agrônomo Roverson Flach, da cooperativa, e a equipe da Timac Agro.

Na categoria Abaixo de 550 metros de altitude, o campeão foi também o cooperado Avelino Taube, de Querência do Norte, com a média de 80,7 sacas/hectare (195,5/alqueire), assistido pelo engenheiro agrônomo Rubens Adriano da Silva, da Cocamar.

Segundo a empresa, as produtividades de soja na média da Cocamar alcançadas na safra 2023/24 onde foi realizado o Prêmio Colher Mais, atingiram 37,8/hectare (ou 91,5/alqueire); 60,7/hectare (ou 146,9/alqueire) nas propriedades participantes do concurso, e 65/hectare (157,5/alqueire) nas áreas do Colher Mais, registrando um lucro líquido médio adicional de R$ 325,4/hectare (ou R$ 787,50/alqueire).   

Viagem à França

Os ganhadores, com seus respectivos técnicos, receberam troféus e o direito de participarem de uma viagem à França, no final deste ano, onde, entre outras atrações no roteiro, vão conhecer o Centro Mundial de Inovações da Timac Agro, em Saint-Malo.

“Corrigir o solo adequadamente é o ponto de partida para aumentar a produtividade”, comentou o presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço, ao assinalar que é preciso atitude por parte do produtor para diminuir a alta dispersão de produtividade existente nas regiões atendidas pela cooperativa.

E citou que o noroeste do Paraná apresenta grandes vazios devido aos solos degradados, onde a média da pecuária é bastante modesta. “Temos que avançar no programa de irrigação e elevar as médias dos produtores”, completou Lourenço.

Convidado especial, o pesquisador da Embrapa Soja, Dr. Henrique Debiasi, disse que o manejo bem-feito do solo é fundamental para que o produtor tenha melhor produtividade e rentabilidade, a partir de um completo e detalhado diagnóstico de suas necessidades.   

Matéria orgânica

Debiasi ressaltou que em ano ruim o efeito da matéria orgânica do solo aparece mais, recomendando a diversificação de espécies vegetais e informando que o aumento de um centímetro de palha, pelo menos, pode resultar em maior produtividade de soja.

Segundo Debiasi, tão ou mais importante que a cobertura de palha são as raízes, ao destacar que a produtividade começa no inverno, citando que a braquiária ruziziensis age no solo compactado com suas raízes a uma profundidade de 2,5 metros, sendo que em apenas 115 dias ela promove a recuperação de um solo compactado.

Sobre a concorrência da braquiária com o milho, o pesquisador destacou que isto pode acontecer nos três ou quatro primeiros anos, mas depois o efeito passa a ser o contrário: diante da melhoria das condições do solo, a lavoura do cereal passa a ter ganho de produtividade.  Próximos

Os regulamentos para a 14ª edição do Prêmio de Super Produtividade de Soja e do 6º Prêmio Colher Mais vão ser conhecidos em breve e os cooperados interessados em participar devem entrar em contato com suas unidades de atendimento. (Assessoria de Imprensa Cocamar)

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