Ocepar e Faep pedem reintegração de posse de áreas invadidas

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A Ocepar e a Faep encaminharam, ontem(14), ao governador Roberto Requião, correspondência solicitando que determine “o cumprimento das ações judiciais de reintegração de posse” das áreas invadidas nas últimas semanas no Paraná, por grupos auto-dominados sem-terras, sob liderança do MST. Segundo a correspondência, os grupos voltam a criar conflito no meio rural paranaense, gerando tensão entre os produtores. Em determinados casos, “como na fazenda Bonato, em Laranjeiras do Sul, e Baronesa dos Candiais II, em Luiziana, após os invasores se retirarem das áreas por força de liminares de reintegração de posse, os mesmos novamente voltaram a perpetuar os esbulhos possessórios, numa aberta atitude de afronta ao Poder Judiciário”.

Cumprimento da lei – A correspondência solicita ao governador que o Estado determine o cumprimento das decisões de reintegração de posse. “Ante o quadro que se avizinha de nova escalada de violência das invasões contra a propriedade privada, cujos efeitos perversos são de conhecimento público – pois tão somente a história se repete -, trazemos a Vossa Excelência a preocupação daqueles que pretendem continuar produzindo na agropecuária paranaense”, enfatiza o documento.

Clima de violência – Duas cartas foram anexados à correspondência enviada ao governador: do Sindicato Rural de Campo Mourão e da agricultora Maria das Mercês Lourdes de Lacerda, de Guarapuava. A carta do Sindicato Rural de Campo Mourão, assinada pelo presidente Nelson Teodoro de Oliveira, pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão e outras autoridades de Ubiratã, Farol, Janiópolis, Rancho Alegre e Terra Boa, denuncia o clima de intranqüilidade e pedem o cumprimento das ordens judiciais de reintegração de posse. “Não se pode conceber que toda a sociedade assista calada e indefesa a ação de grupos armados, invadindo terras particulares, produtivas e cultivadas, ocupando-as à força, depredando as lavouras, benfeitorias, reservas naturais e sacrificando animais”, denuncia a carta.

Fazenda produtiva – A agricultora Maria das Mercês Lourdes de Lacerda, proprietária da Fazenda José Bernardo, conhecida como Três Marias, de Manoel Ribas, denuncia os invasores que se apossaram dos animais e diversos animais teriam sido abatidos, “causando prejuízos incalculáveis. À proprietária se revolta dos demais agropecuaristas de nosso Estado”. A fazenda, classificada como produtiva pelo Incra, tem 250 hectares de mata nativa, 480 hectares para cultura de grãos e 1.345 hectares de pastagens cultivadas, com gado puro e cruzado. A proprietária lamenta as dificuldades no cumprimento da determinação legal de reintegração de posse.

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