MERCOSUL: Ministros cobram negociações internacionais

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Os ministros de Agricultura dos países sócios do Mercosul pretendem fazer uma "forte declaração, manifestando preocupação com o estancamento das negociações internacionais" envolvendo o comércio mundial do setor agropecuário, segundo informação do diretor Nacional de Mercados da Secretaria de Agricultura da Argentina, Gerardo Petri. A declaração será assinada conjuntamente pelos ministros da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia, na quinta-feira, em Montevidéu, ao final da XI Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS). O encontro, que reúne os ministros de Agricultura dos países sócios, começa amanhã na capital uruguaia e contará com a presença do mais novo membro do Mercosul, a Venezuela. O principal assunto será sobre medidas de erradicação da febre aftosa na região. Segundo as projeções internacionais em mãos do CAS, o Mercosul poderia ser o maior produtor mundial de carne bovina nos próximos 10 anos. Atualmente, em relação ao total do mundo, a região concentra 28% da produção, 48% das exportações e cerca de 257 milhões de cabeças, números que representam 25% do total de cabeças existentes.

Oceania - Em entrevista coletiva à imprensa, Petri afirmou que, considerando a evolução das projeções das exportações líquidas para os próximos 10 anos, a participação da Oceania no mercado mundial se manteria oscilando entre 30 a 31% do mercado internacional, enquanto que os países que fazem parte do CAS poderiam aumentar para 55 a 57%. No entanto, os números obrigam a região a redobrar os esforços no controle da aftosa, e ampliar as propostas para erradicar a doença.

Algodão - Além disso, O CAS também vai discutir sobre o primeiro projeto conjunto para combater a praga bicudo do algodão. "O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) está interessado em colocar à disposição dos países envolvidos recursos da ordem de US$ 80 a 90 milhões para implementar o projeto, que estará pronto dentro de um ano", informou a diretora nacional de Proteção Vegetal do Senasa (Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Agroalimentária da Argentina), Diana Guillen. (Agência Estado)

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