MERCADO AGRÍCOLA

Fonte: AgRural

Câmbio (10/07)

Fonte: CMA

Preço pago ao produtor no Paraná (10/07)

Soja

O pregão desta quarta foi marcado por uma forte volatilidade, com um rally de baixa na abertura, devido as chuvas ocorridas durante a madrugada em algumas regiões do Meio-Oeste americano, mas recuperando parte das perdas durante a tarde na expectativa do relatório mensal da oferta e demanda do USDA que sai amanhã, e poderá confirmar a expectativa do mercado de uma diminuição dos estoques finais da safra atual (01/02).

Apesar de até a presente data as exportações do complexo soja apresentarem números fracos, segundo levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), pode-se constatar um mudança no perfil do produto exportado, com aumento da quantidade de óleo e farelo exportado e conseqüente diminuição do grão. Segundo o último relatório da Secex, datado de 15/06, as exportações brasileiras de soja em grão haviam decaído 12% em comparação com igual período do ano passado, de 11,4 milhões de toneladas para 10 milhões de toneladas. Já os embarques de farelo aumentaram de 6 milhões para 6,8 milhões de toneladas, um crescimento de 13,3% assim como as exportações de óleo, que este ano já superaram a marca de 1 milhão de toneladas, um aumento de 2,5% em relação ao volume embarcado no mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 976 mil toneladas.

Uma das principais causas para a diminuição das exportações do grão foi que a China, um dos maiores players mundiais, retraiu suas compras, pois as importações do grão de soja estavam suspensas desde o dia 20 de março, quando foram impostas regras rígidas para grãos transgênicos. Agora que o governo voltou a distribuir licenças para importações, espera-se que o país importe cerca de 2,1 milhões de toneladas do grão entre julho e agosto.

Trigo

Segundo o último levantamento do Deral, cerca de 97% da área destinada ao cereal no estado já está plantada, sendo a área total de aproximadamente 1,019 milhões de hectares, 20% maior que a área destinada a safra passada.

O clima vem atrapalhando a previsão inicial da produção, de 2,4 milhões de toneladas. Principalmente as regiões Norte e Centro-Oeste, que respondem por metade da produção estadual vem enfrentando uma forte estiagem, conciliada com altas temperaturas, sendo que no Norte não chove a cerca de 40 dias. Já no Oeste, chuvas recentes beneficiaram a lavoura, e no Centro-Sul a cultura encontra-se na fase final do plantio.

Na avaliação semanal do Deral, 68% das lavouras estão em boas condições, 21% em condições regulares e 11% são classificadas em condições ruins.