MERCADO: Açúcar nacional sobe 6,9% no mês

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Os preços do açúcar no mercado interno continuam firmes em São Paulo em pleno pico da colheita de cana, sustentados pela forte alta das cotações nas bolsas internacionais. Nesta segunda-feira (17/08), a saca de 50 quilos de açúcar fechou a R$ 44,91, com elevação de 0,92%, segundo o índice Cepea/Esalq. No mês, a valorização acumulada é de 6,89%.

Índia - A Índia continua a exercer influência nos preços futuros da commodity, uma vez que a escassez de chuvas sobre as regiões produtoras de cana daquele país tem prejudicado a safra. O ministro da Agricultura indiano, Sharad Pawar, informou que pediu para os governos estaduais checarem seus estoques de açúcar para colocarem à disposição das indústrias locais. Os preços do açúcar na Índia tiveram valorização de 40% nos últimos seis meses por conta da quebra da safra no país. A produção de açúcar da Índia para a safra 2008/09, que se encerra em setembro, deverá ficar em 14,8 milhões de toneladas, um recuo de 44% sobre o ciclo anterior.

Nova York - Nesta segunda-feira (17/08), os preços futuros do açúcar na bolsa de Nova York fecharam mistos. Os de contratos de curto, com vencimento em outubro, encerraram com queda de 15 pontos, a 21,83 centavos de dólar por libra-peso. Os papéis para entrega em janeiro encerraram com alta de 38 pontos, a 22,86 centavos.

Projeções - Com a forte alta dos preços da commodity nas últimas semanas, analistas de mercado começam a fazer projeções extremamente otimistas, com perspectiva de elevação de até 80%, superando os 40 centavos de dólar por libra-peso. Para Peter Baron, diretor-executivo da Organização Internacional do Açúcar (OIA), essas projeções de forte aumento fazem parte de um "otimismo voluntarista", pois um novo salto dos preços obrigará os importadores a desacelerarem as compras. A indústria alimentícia deverá procurar alternativas, como xarope de milho, se os preços chegarem a um patamar tão alto, segundo ele.

Curto prazo - Segundo analistas da corretora Ativa, os preços do açúcar devem continuar firmes no curto prazo por conta do clima na Índia. Mesmo que o regime de chuvas daquele país volte a se regularizar entre o fim de agosto e setembro, o impacto da seca será negativo dos canaviais, segundo a corretora, com base nos dados divulgados pela Associação de Produtores de Açúcar Indianos. O movimento de alta do mercado de açúcar tem estimulado a entrada de fundos e especuladores nas bolsas, o que tem ajudado a sustentar a commodity. (Valor Econômico)

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