Mapa registra glifosato para uso em lavouras de soja transgênica

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento registrou nesta quinta-feira (09-12) os herbicidas à base de glifosato para pós-emergência nas lavouras de soja geneticamente modificada. Até agora, o uso deste produto estava autorizado somente nos plantios de soja antes de a planta nascer. No caso da soja transgênica, o uso do glifosato passa a ser recomendado após o nascimento da planta. Antes dessa fase, sua aplicação estava proibida. “É um processo que vinha se arrastando há meses no Comitê Técnico de Assessoramento de Agrotóxicos (CTA), formado pelos ministérios da Agricultura, da Saúde, e do Meio Ambiente.. Era uma situação complicada: os agricultores podiam plantar soja transgênica, mas não estavam autorizados a usar o glifosato no extermínio das plantas daninhas”, explicou o diretor do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal (DDIV), Girabis Ramos.

Legalidade – Com a autorização para o uso do glifosato, os produtores de soja geneticamente modificada estarão totalmente na legalidade, afirma Girabis. Segundo ele, os agricultores amparados pela Medida Provisória nº 223/2004 (que autoriza o plantio e a comercialização da soja transgênica) poderão utilizar o princípio ativo para controlar as ervas daninhas em suas lavouras, quando recomendado por um agrônomo por meio de receita.


Critérios - Girabis informou que o glifosato foi avaliado pelos técnicos do Mapa criteriosamente sobre os aspectos técnicos agronômicos, de impactos ambientais, toxicologia, ecotoxicologia e de resíduos em grãos de soja. “O limite máximo de resíduos deste herbicida em grãos de soja foi determinado em 10 partes por milhão, sendo mais restritivo que o limite máximo estipulado internacionalmente adotado por outros países produtores da oleaginosa”.Ao autorizar o uso do glifosato, o DDIV estabeleceu o período de carência em 56 dias, considerado pelos técnicos como intervalo de segurança. Assim, o produtor só deve colher a soja 56 dias após a aplicação do herbicida, explicou Girabis. (Fonte: Ministério da Agricultura - Mapa)

Conteúdos Relacionados