Maior segurança da canola seduz produtores
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Na região da Cocamar, muitos produtores, nesta safra de inverno, trocaram a incerteza do milho pela maior segurança da canola. Antonio Pedrini, com propriedade no município de Floresta, perto de Maringá, plantou canola pelo terceiro ano consecutivo e vem expandindo rapidamente a área destinada à cultura. Na primeira vez, em 2000, foram plantados 10 hectares como experiência em meio às lavouras de milho e trigo. Com a forte geada ocorrida naquele ano, só se salvou a área de milho colhido mais cedo, enquanto que a canola, mesmo sob gelo, ainda produziu 24 sacas por alqueire (58/hectare), o que não só cobriu os custos como garantiu lucro. No ano seguinte a área aumentou para 20 hectares e agora o produtor decidiu reservar 70 hectares para a cultura. "Se tudo correr como esperamos, no ano que vem vamos plantar uns 120 hectares. Toda a área mais baixa da propriedade, próxima do rio, será ocupada com canola", planeja o agricultor. Para Pedrini, a cultura é uma boa opção para o inverno especialmente nas áreas de baixada ou onde ficou tarde para plantar o milho. "É uma lavoura que dá mais segurança", acrescenta ele, lembrando que o risco de perda com geada é mínimo. Mas não é só: o cultivo demanda menos despesa com produtos químicos. "Como a canola fecha rapidamente, as ervas daninhas não competem com ela e os gastos com inseticidas são mínimos. Este ano, não foi necessário fazer nenhuma aplicação".
O clima tem ajudado - O plantio foi feito em abril e a colheita deve começar nos próximos dias. Pedrini acredita que deverá colher de 70 a 80 sacas por alqueire (33/hectare), "uma excelente produtividade". Quanto ao temor de muitos produtores com relação aos resultados com a soja em cultivo subseqüente na área plantada com canola, Pedrini diz que não há qualquer prejuízo para a soja. "Já fiz a experiência e a produtividade da soja foi a mesma onde tinha canola ou milho safrinha. Se o produtor fizer o manejo correto, conforme recomendação técnica, não tem erro".
Pioneirismo - Foi a Cocamar que introduziu a cultura da canola no País,
em 1992, ano em que também iniciou a extração de óleo
desse vegetal - produto que é considerado um dos mais saudáveis
em todo o mundo, sendo 94% isento de gordura insaturada. A cooperativa garante
o recebimento e a compra de toda a canola produzida, ao preço de R$ 34,00
a saca de 60 quilos.