JARDIM OLINDA: Cocamar promove dia de campo

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A Cocamar promove nesta quinta-feira, dia 28 de junho, no município de Jardim Olinda, Noroeste do Paraná, o primeiro de uma série de dias de campo sobre integração lavoura e pecuária. O evento está programado para as 15h30 na Fazenda Flor Roxa, situada na rodovia entre Paranacity e Paranapoema. A expectativa é que participem cerca de 150 produtores, além de técnicos da cooperativa e de várias outras instituições envolvidas em trabalhos de pesquisa. De acordo com o engenheiro agrônomo Antonio Sacoman, coordenador de grãos e arenito da Cocamar, esse sistema pode gerar um faturamento bruto entre R$ 2.000,00 e R$ 2.500,00 por hectare ao ano, contra menos de R$ 200,00 por hectare/ano obtidos atualmente em pastagens degradadas. “Isso dá uma idéia do potencial econômico que vem sendo desperdiçado na região”, lembra Sacoman, referindo-se à zona do arenito caiuá, que compreende 107 municípios do Noroeste. São cerca de 3,2 milhões de hectares no total, dos quais pelo menos 1,5 milhão de hectares de pastagens de baixo retorno econômico.
 
Precursora - A Cocamar, que foi uma das precursoras do programa de integração implementado no arenito caiuá a partir de meados dos anos 90, firmou há algum tempo parceria com algumas instituições para oferecer novas propostas ao sistema de integração. Entre elas estão a Embrapa Soja, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em dezembro do ano passado, unidades demonstrativas foram instaladas em propriedades rurais espalhadas por vários municípios do Noroeste. Os resultados serão conhecidos agora pelos produtores.

Flor roxa - A unidade da Fazenda Flor Roxa, por exemplo, possui 18 hectares. Uma das novidades, de acordo com Sacoman, são os experimentos com gramíneas de clima temperado, comuns na região, e também algumas variedades de clima tropical, como brachiarias e panicum, destinadas para cobertura de solo e alimentação de bovinos. A área foi dividida em quatro talhões com quatro hectares e meio cada, destinando, tanto no inverno quanto no verão, dois talhões ao cultivo de grãos e dois à produção de capim para cobertura do solo e alimentação do gado. “Esse sistema de integração minimiza os riscos com problemas climáticos”, observa Sacoman. Outra novidade é o plantio de pasto em consórcio com o milho safrinha, feito 15 dias após a emergência dessa última cultura. Dessa forma, após realizada a colheita do milho, o pasto está praticamente fechado, o que otimiza o uso do espaço e o tempo de cultivo. Sacoman acrescenta ainda que no pasto adubado, plantado em dezembro sobre área degradada, o produtor entrou com boiada 59 dias após, mantendo uma média de 6 animais por hectare e registrando ganho de peso de 671 gramas por dia. Já nos quatro hectares e meio formados no inverno, o produtor colocou 17 bezerros por hectare.
 
Milho safrinha - Por sua vez, o milho safrinha consorciado com braquiária vem apresentando desempenho considerado satisfatório, sentindo bem menos os efeitos da estiagem. Além desse trabalho no município de Jardim Olinda, há outros dois, igualmente voltados à integração lavoura e pecuária, em Maria Helena, na região de Umuarama, e na Comunidade Guerra, em Maringá. (Flamma Comunicação)

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