INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA: Simpósio começa dia 13 de agosto, em Curitiba

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Acontece de 13 a 15 de agosto em Curitiba o Simpósio Internacional em Integração Lavoura-Pecuária (ILP). A organização do evento é da UFPR, UFRGS e Ohio State University, com apoio do Mapa, Seab, Ocepar, Crea-PR, Emater, UTFPR e Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, entre outras entidades. Informações para inscrições podem ser obtidas pelo telefone (41) 3350 5601. O evento vai abordar desde os conceitos fundamentais da ILP e sua participação no mercado mundial até manejo de plantas daninhas e a importância de forregeiras. A UFPR também oferece um curso de pós-graduação em ILP – Intensificação da Produção Animal em Pastejo. O curso, à distância e com três encontros com aulas práticas, tem duração de 12 meses. As inscrições estão abertas. Mais informações: (41) 3350 5787, 3350 5738 ou www.ilp.ufpr.br.

Simpósio - O simpósio pretende reforçar esta posição de liderança e ao mesmo tempo reunir o estado da arte em sistemas integrados de lavoura com pecuária que são conduzidos nas diferentes zonas tropicais e temperadas do mundo. Além do intercâmbio científico e da criação de um network nesta temática, resultará um livro que deverá ser considerado como referência no assunto.

ILP - A Integração lavoura-pecuária (ILP) engloba sistemas de produção que integram atividades de agricultura e de pecuária de forma sinérgica e sistêmica. Esses sistemas são particularmente importantes para países em desenvolvimento, pois, dos pobres das áreas rurais, 2/3 têm animais em suas pequenas propriedades e 60 % desses utilizam sistemas integrados de exploração. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento criou recentemente o Comitê Nacional do Projeto Integração Lavoura Pecuária (Prolapec), para financiar projetos nessa linha, com foco não somente o potencial de produção de riqueza desta tecnologia, mas também na perspectiva de diminuição do desmatamento de novas áreas na Amazônia.

Evolução - A ILP vem aumentando em todo o país. Na região Sul, a ILP tem como concepção de base a rotação de culturas, e tem sido proposta como alternativa às clássicas rotações entre culturas anuais de verão e as culturas anuais de inverno. Na medida em que as culturas de inverno não têm sido alvo de maior interesse por parte dos produtores (problemas sanitários, de custo, de preço, etc.), o uso de forrageiras anuais de inverno (particularmente a aveia preta e o azevém) tem se apresentado como opção aos cultivos de inverno. Soma-se a isso o fato de que a imprevisibilidade das culturas de verão, seja em termos de rendimento ou de preço, tem trazido intranqüilidade ao produtor. Aqueles que trabalham com ILP testemunham a diminuição dos riscos da operação agrícola pela agregação de uma atividade cujas variações de preço e de produtividade são muito menores, comparativamente. Simulações realizadas em 2003 pela UFRGS em conjunto com a UFPR atestaram que, para a região do Alto Vale Uruguai no RS, os sistemas de produção de soja apresentavam rentabilidade negativa com colheitas inferiores a 25 sacas/ha. Já com ILP a rentabilidade negativa somente ocorria com colheitas inferiores a três sacas/ha, demonstrando o potencial dos sistemas integrados em diminuir os riscos inerentes à atividade agrícola.

Destaque - O Brasil tem se destacado por desenvolver sistemas de integração onde as qualidades acima são ainda mais potencializadas, ao se adaptar as rotações agrícolas e pecuárias às premissas do sistema em plantio direto. Tendo em vista todo este contexto o grupo de pesquisa em Integração Lavoura-Pecuária registrado junto ao CNPq, constituído de pesquisadores de várias instituições, concluiu que era o momento de organizar um simpósio internacional neste tema além de oferecer cursos de pós-graduação para profissionais que queiram se tornar especialistas neste assunto.

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