Inseminação artificial é incentivada para gerar bezerros de alta qualidade

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cocamar expoingua 15 05 2025Inseminação artificial é incentivada para gerar bezerros de alta qualidade

Incentivar a inseminação artificial em bovinos é a proposta de um projeto que resulta de parceria firmada entre a Cocamar, o Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Ageuni (Agências de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação) do governo do Estado. Para isso, um evento reunindo produtores e técnicos foi promovido na manhã de terça-feira (13/5) no recinto da Expoingá 2025.

O zootecnista Luis Henrique Pangoni, da Cocamar, explica que a pecuária vem passando por uma revolução, tendo a cria como ponto de partida. “Esse evento mostra que estamos no caminho certo”, afirma, lembrando que a inseminação assegura ao pecuarista um bezerro de melhor qualidade.

Diferenciais

Pelo método convencional, um touro pode cobrir de 30 a 40 fêmeas por ano, mas, com o recurso de inseminação artificial, é possível abranger todo o plantel de vacas, com a vantagem, ainda, de trazer as características desejadas para os bezerros, promovendo melhorias a cada ano. “Quando eu vou para a inseminação artificial, num ano eu consigo trabalhar o aspecto racial no plantel; no outro ano, dou foco a outros diferenciais raciais e, assim, vou melhorando cada vez mais as características que pretendo para as vacas e os bezerros”, detalha.

A inseminação artificial representa, segundo ele, um salto na pecuária, mas é necessário que o produtor esteja preparado para receber essa técnica. “Precisa, também, que os animais tenham um bom escore corporal e uma alimentação de qualidade”, afirma o zootecnista.

Pangoni adverte que não se pode repetir os erros de quando a inseminação começou a ser incentivada, há alguns anos. “Muitos produtores não estavam devidamente preparados e, com isso, houve até mesmo uma certa resistência”, destaca.

Desmistificar

O projeto visa a desmistificar a inseminação artificial e incentivá-la, com o intuito de fornecer bezerros para o Programa de Produção de Carne Precoce da Cocamar. Para isso, os pecuaristas participantes vão ser orientados a organizar uma estação de monta bem conduzida, de maneira a gerar produtos de qualidade.

Atualmente, segundo Pangoni, os bezerros podem ser classificados de qualidade mediana a inferior. Tanto que um bezerro comum é comercializado numa faixa entre R$ 2.300 e R$ 2.500. No entanto, compradores interessados em adquirir exemplares de melhor qualidade, de um padrão racial superior, têm dificuldades em encontrar e o preço, nesse caso, não sai por menos de R$ 3.000.

A parceria da cooperativa com o Departamento de Zootecnia da UEM vai possibilitar, ainda, que os acadêmicos vivenciem na prática essa atividade nas fazendas. (Comunicação Cocamar)

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