FÓRUM: Integração com o setor produtivo contribui para tornar o PR o estado que mais protege o meio ambiente, avalia secretário do Desenvolvimento Sustentável

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As ações conjugadas entre os órgãos vinculados à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e as entidades do setor produtivo, entre elas o Sistema Ocepar, têm contribuído para que o Paraná avance na gestão ambiental e de recursos hídricos e o estado se sobressaia nessa área, na avaliação do secretário responsável pela pasta, Everton Souza, que participou, na tarde desta quinta-feira (15/12), do Fórum do Meio Ambiente promovido pelo Sistema Ocepar, em Curitiba, com a presença de profissionais das cooperativas paranaenses.

Estado que mais protege - “Estamos tendo a felicidade de criar um ambiente técnico e de tomada de decisão que traga o resultado que o produtor quer mas que também possibilite garantir a segurança necessária de fazer o que é possível com o patrimônio natural que nós temos”, afirmou na abertura do evento. “O corpo técnico de vocês é valioso e tem contribuído muito conosco. Precisamos usar essa estrutura de conhecimento científico que há no cooperativismo para nos dar esse suporte. Temos procurado fazer acordos, pactuados de maneira positiva para todos os lados e o resultado é esse: o Paraná é o estado que mais protege o meio ambiente, que mais produz, mais gera empregos e renda. Eu nunca vi uma revolução como a que tem ocorrido nos últimos anos e acredito que muito disso é por conta dessa integração que temos com o setor produtivo”, acrescentou Souza.

Sintonia - Em seu pronunciamento, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, também destacou a parceria entre as instituições. “A sintonia que temos com toda a equipe da Sedest é perfeita. Nós avançamos bastante esse ano, que foi de muitas conquistas. Temos gente especializada na área técnica da Ocepar e vamos investir cada vez mais na questão ambiental. Nós estamos a postos para colaborar com o que for necessário e agradecemos por vocês facilitarem essa interação, que tem ocorrido num nível profissional elevado,” ressaltou.

Exemplos - Ricken lembrou de dois fatos ocorridos nesta semana que exemplificam a importância de haver um bom entendimento entre as partes para que os negócios das cooperativas se viabilizem dentro das normas ambientais vigentes no Estado. Na terça-feira (13/12), o Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Sedest, entregou à Frimesa a Licença de Operação, que permite o início das operações do frigorífico de suínos inaugurado pela Central Cooperativa naquela data, em Assis Chateaubriand, na região Oeste. Depois, o IAT fez a entrega de 170 documentos de outorga para uso dos recursos hídricos a usuários da Bacia do Rio Jesuítas, também no Oeste paranaense. Os beneficiados são, na maioria, produtores rurais que aguardavam a liberação do documento há anos, alguns desde 2013. A solenidade ocorreu na sede da Copacol, em Cafelândia. Dos 170 documentos entregues, 128 foram aos piscicultores da cooperativa.

Solução - O diretor-presidente do IAT, José Volnei Bisognin, explica que a medida representa a solução de um problema na região Oeste, já que essa bacia hídrica encontra-se na situação de Área Crítica, declarada pela Portaria IAT nº 10/2021. “Uma Área Crítica é quando a demanda pelo uso de recursos hídricos é maior do que a capacidade da bacia. Temos aqui produtores que ficaram anos tentando solucionar essa situação e ter uma vazão liberada”, disse. “Esse documento de outorga é vital para o produtor receber a licença ambiental. A pessoa não pode trabalhar sem outorga, então agora eles estão devidamente regularizados. Nessa negociação, todos cederam um pouco para conseguirmos ajustar a vazão às demandas existentes na região”, completou Bisognin.

Grandes momentos - Ao Informe PR Cooperativo, o secretário do Desenvolvimento Sustentável afirmou que as entregas da Licença de Operação à Frimesa e dos documentos de outorga aos cooperados da Copacol foram muito relevantes. “É um momento de muita realização para a nossa área de gestão ambiental e de recursos hídricos. Nós temos como uma premissa da nossa equipe entender que os empreendimentos que são colocados no Paraná são investimentos dos paranaenses. Os R$ 3,8 bilhões investidos pelas cooperativas no projeto que a Frimesa implantou em Assis Chateaubriand compõe um empreendimento que é dos paranaenses. Portanto, nesse sentido, a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e o IAT se sentem muito realizados por terem participado de todo esse processo, que viabilizou um projeto de tamanha envergadura, com segurança técnica”, disse Everton Souza.

Empregos - Ele ressaltou ainda a geração de novas vagas proporcionada pela nova unidade da Frimesa, considerada como o maior o maior frigorífico de suínos da América Latina. “Nós nos sentimos muito orgulhosos de participar desse momento por conta também da grande geração de empregos que esse empreendimento está proporcionando. Em sua fase final, vai empregar cerca de oito mil e quinhentas pessoas diretamente e podemos colocar que em torno de 30 mil pessoas vão se beneficiar indiretamente dessa grande iniciativa da Frimesa, em conjunto com outras cooperativas parceiras. Nós tivemos o prazer de entregar a Licença de Operação para que a unidade possa se desenvolver dentro de condicionantes ambientais e de recursos hídricos, a ponto de que tenha sustentabilidade no decorrer dos próximos cem anos. É o que a gente espera”, complementou.

Desafios - Ao falar das outorgas, o secretário discorreu sobre os desafios que cercam a gestão de recursos hídricos do Paraná. “Nós estamos vivendo um momento de mudanças climáticas, com eventos de estiagem prolongada. Temos uma grande competividade hoje pelo uso da água em determinadas bacias, como no caso da utilizada pelos 170 produtores que receberam as outorgas. A piscicultura está crescendo de forma exponencial naquela região. A nossa tilápia está tendo uma grande aceitação fora do Brasil. É um mercado internacional que se abre. A qualidade da nossa água e as nossas condições sanitárias são excelentes para se desenvolver essa atividade e isso tem incentivado os pequenos agricultores, principalmente, em conjunto com as cooperativas C.Vale e Copacol, no sentido de que possam realmente usar esse patrimônio hídrico do Estado do Paraná para que possa se transformar em proteína animal, com rações, com insumos, que são colocados nos tanques de engorda”, pontuou. “Que nós possamos realmente ter essa produção colocada dentro e fora do país, gerando renda, impostos e qualidade de vida para os paranaenses. Para nós, é um motivo de muita alegria e satisfação ter participado desses dois eventos tão importantes”, finalizou.

Resíduos sólidos e prioridades - O Fórum do Meio Ambiente promovido pelo Sistema Ocepar, nesta quinta-feira (14/12), tratou sobre o Plano Estadual de Resíduos Sólidos e o Programa Lixo 5.0, cujos esclarecimentos foram prestados por profissionais da Sedest e do IAT. Eles também apresentaram as prioridades do Paraná para o meio ambiente em 2023 e debateram outras questões com os representantes das cooperativas.  Antes do Fórum, o secretário Everton Souza e o diretor-presidente do IAT, José Voleni Bisognin, estiveram reunidos com o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, e a equipe da Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar para tratar de temas de interesse do cooperativismo e apresentar as demandas do setor na área ambiental.  

(Com informações da Agência Estadual de Notícias)

FOTOS: Alessandro Vieira / Sedest e Assessoria Ocepar

 

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