Estiagem ameaça lavouras de trigo

A falta de chuvas já representa uma ameaça às lavouras de trigo da região de Goioerê. A última boa chuva ocorreu no dia 5 de junho último, com 35 mm. No dia 18 do mesmo mês choveu apenas 2 mm. De lá para cá o tempo permaneceu seco e com temperaturas altas para a época do ano, oscilando na faixa dos 25 graus centígrados. E, segundo a meteorologia, não há previsão de ocorrência de chuvas em nossa região para os próximos dez dias, o que deixa os produtores altamente preocupados. As perdas com o trigo ainda não podem ser mensuradas, mas os técnicos da Coagel avaliam que a falta de umidade está comprometendo o desenvolvimento das plantas. "A preocupação maior no momento é com o trigo que está em fase de perfilhamento, elongação e, em alguns casos, na fase de floração e conseqüente enchimento de grão. Esta fase precisa urgentemente de umidade", esclarece o engenheiro agrônomo Ricardo Câmara Ferreira, que atende os cooperados da Coagel em Goioerê,

Aplicações - O técnico da cooperativa ressalva ainda que a umidade é importante para o produtor fazer as aplicações à base de nitrogênio, no caso, a uréia e sulfato de amônia. "Quem já fez as aplicações não tem mais problemas, no entanto, quem ainda não fez, a chuva no momento é essencial", disse Ricardo Câmara, observando que existe uma gama de produtores que ainda não estão preocupados com a falta de chuvas, argumentando que o trigo não gosta de muita água. Por outro lado, o clima seco dos últimos dias vem favorecendo a cultura do milho safrinha. "Era tudo o que os produtores queriam neste momento: muito sol e ausência de frio", observa Ricardo Câmara. Ainda que timidamente a colheita do milho safrinha já teve início na região de Goioerê e com produtividade acima do esperado. "Tem produtor colhendo mais de 200 sacas por alqueire", disse o técnico da Coagel. A maior parte do milho começará a ser colhido a partir do final deste mês de julho. "Se não gear a safra vai ser cheia", comemora Ricardo Câmara. (Assessoria de Imprensa Coagel)