ENCONTRO ESTADUAL IX: Após um ano positivo, dirigentes fazem projeções otimistas para 2013

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Cooperativas paranaenses dos mais diferentes ramos de atuação expandiram seus negócios em 2012, superando obstáculos diversos, e se preparam com otimismo para mais um ano de crescimento. A Central Sicoob Paraná, por exemplo, está estimando alcançar crescimento real aproximado de 40% em relação ao ano passado. Com sede em Maringá, Noroeste do Estado, e congregando 18 cooperativas singulares de crédito e 110 mil cooperados, o sistema abriu nesse ano mais de 30 postos de atendimento. “Hoje, o Sicoob Paraná está com 112 agências funcionando no Estado. A nossa meta para 2013 é abrir entre 35 e 40 novas agências. Nós fechamos o ano passado com R$ 1 bilhão de ativos e devemos concluir 2012 chegando a cerca de R$ 1,5 bilhão de ativos. Nesse item acredito que vamos atingir quase 50% de aumento”, disse o presidente executivo da Central, Marino Delgado. “Para 2013, a expectativa é bastante positiva e, mesmo com esse ambiente econômico de redução de taxas praticadas por outros bancos, a redução da Selic pelo governo federal, a expectativa é manter crescimento nesse mesmo ritmo, em torno de 30 a 40% e um pouquinho mais em alguns dos itens”, frisou. 

Ano especial – De acordo com Marino, 2012 foi muito especial para a Central Sicoob Paraná. “Além de comemorar nossos 10 anos de existência no Paraná, foi celebrado o Ano Internacional das Cooperativas o que, para nós, representou um motivo de muita alegria e satisfação ver o Sicoob e os demais sistemas e cooperativas alcançando resultados positivos. Parece que as coisas estão fluindo muito positivamente para o segmento cooperativista”, acrescentou. 

Valor agregado - Já a Frimesa, sediada em Medianeira, completou 35 anos em 2012, com vários eventos na região Oeste paranaense que serão concluídos nos dias 14 e 15 de dezembro. De acordo com o presidente Valter Vanzella, há muitos motivos para comemorar o aniversário e também os resultados obtidos no ano. “Foi uma ano muito bom para nós, apesar da crise acentuada na suinocultura. Graças a um mix de produtos de valor agregado, nós conseguimos ter um resultado positivo e eu diria que foi uma vitória muito importante. No início do ano prevíamos ter R$ 1,2 bilhão de faturamento e um resultado de R$ 35 milhões. Mas vamos além e devemos passar de R$ 1,3 bilhão de faturamento mais de R$ 35 milhões de resultados. Isso nos gratifica”, afirmou. De acordo com Vanzella, a Frimesa planeja crescer 15% em 2013 e fazer uma série de investimentos.

Investimentos - “Nós estamos seguindo um cronograma que prevê um investimento de mais de R$ 100 milhões na ampliação das indústrias e, com isso, chegarmos em 2015 com a conclusão desse ciclo, com as indústrias na área de leite adequadas totalmente para produzir produtos de valor agregado e, na área de carne, alcançar capacidade para abate de 6.400 suínos por dia e a industrialização plena desse produto. A marca Frimesa tem um conceito no mercado o nosso mix de produtos vai além de 370 itens colocados no mercado. Nós estamos bem situados no Brasil com pontos de vendas em várias regiões. Nós crescemos e não podemos ficar parados. Temos que ter visão de futuro. Por isso, em 2013, nós vamos discutir o que vamos fazer depois de 2015. Mas eu diria que a Frimesa vai indo muito bem”, disse.

Ano bom – Carlos Murate, presidente da Integrada, sediada em Londrina, Norte do Estado, também se mostrou satisfeito com o desempenho da cooperativa que dirige. “Nós tivemos alguns problemas climáticos que afetaram a safra de grãos na região. Por outro lado, o mercado foi muito bom para as commodities agrícolas, com preços bem valorizados. Isso teve impacto negativo para o setor de carnes, como aves e suínos, pois encareceu o valor da ração. Mas, de uma maneira geral, 2012 foi um ano muito bom. Esperamos um faturamento de R$ 1,4 bilhão, o que representa um crescimento acima de 10%, em relação a 2011”, afirmou. “Até o momento os objetivos do nosso planejamento estão sendo atingidos, então, desde que não tenhamos nenhuma frustração causada pelo clima, nós imaginamos obter um resultado semelhante ao desse ano em 2013”, acrescentou.

Agroindustrialização - Ainda de acordo com Murate, a Integrada tem procurado aumentar os investimentos na área de agroindustrialização que, atualmente representa entre 12 e 14% do faturamento total da cooperativa. “O percentual ainda é muito pequena pelo fato de ser uma cooperativa nova mas, na medida do possível estamos partindo para a industrialização. Nós já temos a indústria de sucos, cujo esmagamento foi iniciado há um mês e estamos construindo uma indústria de processamento de milho que imaginamos que esteja operando no final de 2013”, acrescentou. 

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