EFEITO ESTUFA II: UE promete pressão por meta do clima

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A União Europeia admitiu que será impossível chegar a um acordo internacional com metas para emissão de gases-estufa antes do fim de 2010, quando acontece a próxima reunião das Nações Unidas, no México. Mas o bloco se comprometeu a trabalhar e a pressionar outros países para que assumam compromissos ligados ao clima. A secretária espanhola de Mudanças Climáticas, Teresa Ribera, destacou que a ONU espera que os países comuniquem antes de 31 de janeiro objetivos concretos para a redução da emissão de gases. A próxima reunião de ministros do Meio Ambiente será em Sevilha, Espanha, entre 14 e 17 de janeiro - quando se analisará um documento de avaliação da COP-15, que está sendo produzido pela Comissão Europeia.

Começo - Ainda que todos os países da UE concordem que o resultado da cúpula de Copenhague é um ponto de partida decepcionante, não perdem de vista que se trata de um começo para seguir negociando. "Agora há um prazo crítico", afirmou Ribera. "É importante que não haja surpresas", acrescentou, referindo-se à possibilidade de que as nações que haviam anunciado compromissos de redução de CO2 apresentem agora propostas menos ambiciosas. Ela destacou ser importante incluir novos elementos às cifras que já existiam para facilitar a comparação do esforço de cada país.

Objetivo - A UE manterá o objetivo de reduzir em 2010 suas emissões em 20% tendo como base 1990. Manterá sua proposta de elevar a redução até 30% se outros países adotarem compromisso equivalente. "Agora a pressão está sobre os Estados Unidos", disse o ministro sueco do Meio Ambiente, Andreas Calgren. De uma forma geral, os ministros europeus se mostraram decepcionados com a Conferência do Clima. "Foi óbvio que Estados Unidos e China não quiseram avançar mais do que o alcançado em Copenhague", disse Calgren. A próxima reunião oficial para negociar um pacto global obrigatório que substitua o Protocolo de Kyoto a partir de 2013 será no México, em novembro de 2010.Até lá, a Espanha e, em seguida, a Bélgica, que estarão na presidência da UE, terão de aplanar o terreno sobre a base do acordo parcial alcançado na Dinamarca.

Reunião em Paris - O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que reunirá em Paris, no fim de janeiro, os países que ainda contam com grandes florestas originais: Brasil, Congo, Indonésia e Sibéria.

O que ficou da COP-15 - A COP-15 terminou sábado (19/12) com um acordo discutido apenas entre 25 nações, incluindo EUA, China e Brasil. O texto foi rejeitado na plenária final, com oposição de países como Sudão, Tuvalu, Nicarágua, Venezuela e Bolívia. O acordo proposto traz como objetivo impedir que neste século haja aumento de mais de 2°C - mas não diz como isso seria atingido. O texto não traz compromisso com metas de redução de gases-estufa. (Agência Estado)

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