DIA DO AGRICULTOR II: Mais que uma profissão, uma missão de vida

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"Quando a gente faz o que gosta, mesmo enfrentando dificuldades a gente se sente bem. A agricultura é a minha vida e me sinto bem é aqui na lavoura". A declaração do cooperado da Integrada, Pedro Chinaglia, de Cambé, traduz o sentimento dos produtores rurais de todo o Brasil que, neste dia 28 de julho, celebram o Dia do Agricultor.

Produção - Em uma área de 35 hectares, Pedro Chinaglia produz soja e milho, além de laranja, café e frangos de corte. Ele diz que buscou a diversificação como forma de agregar mais valor à sua atividade. Com o apoio da Integrada, Seo Pedro buscou tecnologia e conhecimento para conseguir bons resultados. Aos 72 anos de idade, continua à frente de toda a produção, com muito capricho e simplicidade.

 

Valorizado - Ele lembra que o agricultor precisa ser mais valorizado. "Essa pressão sobre a questão do meio ambiente entristece o agricultor. Parece que somos vilões. Mas não nada disso. O pessoal da cidade deveria tirar o chapéu para os agricultores", diz. "Nós produzimos alimento para todos e cuidamos, sim, do nosso ambiente. Mantemos as matas ciliares, adotamos o sistema de plantio direto na palha, curvas de nível e várias outras ações que garantem a alta produtividade dos alimentos, respeitando a natureza", destaca.

 

Indústria a céu aberto - A agricultura é uma indústria a céu aberto, sempre regida pelo clima. Ora chove de mais, ora de menos. E um só dia de geada pode comprometer toda a safra. Seo Pedro sabe bem disso. Somente com as geadas neste inverno ele diz que perdeu cerca de 50% da lavoura de milho. "E o que não queimou ainda pode perder em qualidade", completa.

 

Política agrícola séria e responsável - Não bastasse o clima, ainda existem muitas outras coisas que dentro da porteira são eficientes, mas do lado de fora da propriedade a história é outra. "O produtor acaba plantando no escuro. O que sempre reivindicamos é uma política agrícola séria e responsável. Falta garantia de preço, faltam linhas de crédito e seguro adequados às nossas necessidades, boas estradas, impostos mais justos e por ai vai", lamenta. Sempre de olho no clima, nas cotações e nas novidades em tecnologia, Seo Pedro Chinaglia não desanima. "Usei toda a tecnologia disponível para o milho acabei perdendo. Mas, agora, é olhar pra frente", diz ele, que já está se preparando para a próxima safra de verão. "Otimismo é o que faz o produtor ficar de pé, senão ele deitava", brinca.

 

Hora de parabenizar e de reflexão - Para o presidente da Integrada, apesar do momento delicado em função das geadas, "é hora de parabenizar àqueles que todos os dias levam alimento para a mesa de milhões de pessoas. Mas, nesse dia, também é hora de refletir um pouco sobre todos os problemas e desafios que os agricultores brasileiros enfrentam", ressalta Murate. (Imprensa Integrada)

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