Corol cresce 60%, amplia sucos e implanta projeto carne

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A Cooperativa Corol, de Rolândia, deve fechar o ano com um crescimento de 60% em relação ao ano passado, prevendo um faturamento de R$ 520 milhões, contra R$ 390 no ano passado. A razão desse crescimento é a expansão da área para novos municípios antes atendidos por outras cooperativas e a expansão da produção dos atuais projetos. A carne e a produção de novos sucos fazem parte da estratégia da cooperativa para beneficiar um número maior de associados.

A vez da uva - A cooperativa, que produz 5 mil toneladas de suco de laranja anualmente, também vai produzir suco de uva a partir de 2005, informa o diretor industrial Antonio Sérgio de Oliveira. A cooperativa vai fazer algumas adaptações na unidade industrial para poder aproveitar o período ocioso do esmagamento da laranja para processar uva. Essas adaptações devem custar cerca de R$ 1,2 milhão. São 220 os cooperados que estão sendo beneficiados pelo projeto de produção de uva para produção de suco, que iniciaram a implantação de 250 hectares de pomares no ano passado. O projeto da cooperativa prevê a produção de 6.500 toneladas de suco de uva. Mas a expansão na produção de sucos não fica pro aí: a cooperativa está se preparando para produzir suco de maracujá e abacaxi, objetivando colocar a indústria em operação o ano todo.

Diversificação e agregação de valor - A busca da diversificação para agregar valor é o objetivo principal da Corol, segundo afirmou o presidente Eliseu de Paula. Como os associados são em sua maioria (75%) mini e pequenos produtores, e as terras da área de ação da cooperativa são muito valorizadas, “a opção é agregar valor com culturas mais nobres”. Com isso, além de propiciar maior renda aos associados, a cooperativa dá sua contribuição para a geração de empregos. Eliseu de Paula fala com entusiasmo dos projetos agroindustriais da cooperativa, visando prestar serviços aos associados. Estes aprendem a produzir de acordo com as exigências do mercado. A cooperativa, além de orientar a produção, realiza o processamento industrial e coloca o produto no mercado, devolvendo aos cooperados o valor agregado entre o processo de produção e a comercialização ao mercado consumidor.

Projeto de carnes - Até o final deste ano deve ficar definido o projeto de carnes da Corol, que já foi discutido com cerca de 200 associados interessados em entregar bovinos para abate. O objetivo da cooperativa é industrializar e colocar no mercado internacional a carne de bovinos criados pelos seus integrantes. Ainda estão sendo avaliadas alternativas do tamanho do empreendimento e dos investimentos necessários. Os recursos serão buscados junto ao Recoop. A cooperativa busca, também, parceiros para colocação da carne processada no mercado internacional, e espera iniciar os investimentos nessa área no próximo ano. A Corol, que tem 6.200 associados, fechou o ano de 2002 com um faturamento de R$ 390 milhões e deve chegar a R$ 520 milhões neste ano, com crescimento estimado em 60%.

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